Uma ilha de 44 quilômetros quadrados é apontada como o presente de aniversário escolhido por Angelina Jolie para Brad Pitt, que completa 50 anos em 18 de dezembro. A porção de terra chamada Petra (ou Petre) fica em meio às águas do Lago Mahopac, a 80 quilômetros de Nova York. De acordo com o jornal norte-americano Daily Mirror, a atriz pagou 12,2 milhões de libras (pouco mais de 45 milhões de reais).
O local abriga um complexo residencial batizado de Massaro House, criação do arquiteto americano Frank Lloyd Wright (1867-1959), de quem Pitt é um fã declarado. "Assim que foi informada de que a ilha estava no mercado, Angelina providenciou uma visita", declarou uma fonte suspostamente ligada à negociação.
O presente tem 44 mil metros quadrados que inclui, um heliporto, uma cabana de 110 metros quadrados, erguida em 1950, e uma casa principal, de 460 metros quadrados. Esta foi levantada só em 2008, com base em um projeto do arquiteto, após o empreiteiro Joseph Massaro comprar a ilha e se comprometer a realizar a obra.
A atriz já tem experiência em dar presentes inusitados ao marido. Sabendo da paixão de Pitt por arquitetura, em 2006, ela levou o companheiro para conhecer um dos projetos mais importantes de Wright, chamado “Fallingwater". O trabalho serviu de inspiração para o agrado entregue ao ator em 2011, também por seu aniversário: um terreno com uma cachoeira, onde ele pudesse construir uma casa inspirada na obra de seu ídolo.
Veja, a seguir, um vídeo com imagens da casa da ilha de Petra.
Fontes: exame e divirta-se.com
Aqui eu, simplesmente, falo de tudo, posto de tudo, me sinto livre pra me expressar de acordo com meu dia porque, afinal, eu sou Meio Ligado.
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26 novembro, 2013
12 novembro, 2013
Defensor da "supremacia branca" descobre que tem DNA africano ao vivo na TV
O vídeo que você está prestes a assistir mostra a impagável reação de Craig Cobb, um fervoroso defensor da supremacia branca que decidiu se submeter a um exame de DNA para provar que era 100% branco. O resultado do teste foi apresentado ao vivo durante um programa de TV, e o que ele revelou certamente não agradou nadinha ao convidado. Confira:
O clipe está em inglês, mas o conteúdo será explicado abaixo.
O clipe está em inglês, mas o conteúdo será explicado abaixo.
Celebridades mortas que mais faturam
A revista Forbes divulgou no final do mês de outubro a lista de celebridades mortas que mais faturaram no último ano.
Veja quem ocupa as primeiras colocações:
5º lugar - Bob Marley: R$ 45 milhões
4º lugar - Elizabeth Taylor: US$ 56 milhões
3º lugar - Charles M. Schulz, o criador de "Snoopy": R$ 83 milhões
2º lugar - Elvis Presley: R$ 124 milhões
1º lugar - Michael Jackson: R$ 360 milhões
Fonte: tvig
04 novembro, 2013
As investigações de cenas de crimes no Brasil
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
“Não alterar a cena do crime”. Essa frase é ouvida diariamente por policiais civis e militares. E cuidar para que isso aconteça é muito importante até a perícia chegar ao local. No Brasil, no entanto, são comuns os casos de alteração da cena do crime.
Ao chegar, a polícia deve cuidar para que nenhuma prova seja retirada e que a cena não seja alterada. Quanto mais o local estiver igual ao momento em que aconteceu o crime, mais fácil será o trabalho da perícia, que é fundamental para a comprovação de como ocorreu o crime e buscar provas que levem ao seu autor. Marco Antonio Desgualdo, um dos mais experientes investigadores da Polícia Civil de São Paulo, observava tudo, ajudando a verificar o que poderia ter ocorrido no local. “O cadáver fala”, dizia Desgualdo. No corpo da vítima é possível encontrar algumas importantes pistas. Por exemplo: se houve luta, sob as unhas do morto pode haver pele do assassino. Fios de cabelo e pêlos do corpo no local também podem indicar o criminoso. Por isso, toda a atenção é necessária. Muitas vezes, sabendo desses detalhes, os assassinos tentam mascarar a cena do crime e até tomam alguns cuidados, como teriam feito Suzane Richthofen e o namorado dela, Daniel Cravinhos, que, com a ajuda do irmão de Daniel, Christhian, foram condenados por matar o pai e a mãe da moça, enquanto eles dormiam, em 2002.
Estudante de direito, ela planejou tudo, comprando, inclusive, meias femininas que eles colocaram nas pernas, mãos e cabeça. O objetivo era não deixar os pêlos dos assassinos no quarto do casal, o que levantaria a suspeita da polícia. No caso dela, este recurso deu certo porque não foram encontrados nem pêlos nem cabelos no local, mas o resto do plano falhou e ela foi condenada e presa e acabou confessando o crime. O namorado e o irmão dele também foram detidos.
Em outro caso, foi possível desvendar um assassinato pelas marcas deixadas pelo calçado do criminoso. O homicida, ao fugir do local, pisou com seu tênis no sangue da vítima e deixou marcas no chão. A perícia descobriu o número do tênis e o modelo. A polícia, então, fez a sua parte e achou o suspeito: um aluno que matou o professor no apartamento dele, em São Paulo. Assassino literalmente pego pelo pé.
Mais um exemplo da importância da perícia e como ela pode ser fundamental na solução de um crime é o casao de uma mulher encontrada morta na banheira do seu apartamento. Foi o noivo quem encontrou o corpo. A perícia constatou que não tinha sido acidente, porque havia água nos pulmões, o que significava que ela tinha sido afogada.
O noivo passou a ser o principal suspeito. Ele contou que chegou ao apartamento às 20h e que ela já estava morta, tendo chamado a polícia imediatamente. O horário do telefonema dado à polícia batia - foi às 20h04. Mas a versão do noivo caiu por terra quando o porteiro disse que o tinha visto chegar às 18h, e não às 20h. A perícia comprovou que a morte tinha ocorrido por volta das 18h15, colocando o rapaz na cena do crime. Foi através da decantação do sabonete no corpo que a perícia determinou a hora da morte, um trabalho minucioso que levou o assassino para a cadeia. Sem saída, ele acabou confessando que matou a noiva porque estava apaixonado por outra mulher.
Antigamente, a perícia brasileira tinha poucos equipamentos adequados - por exemplo, para recolher impressões digitais passavam um pó para localizar uma digital e a “recolhiam” num pedaço de durex. Os peritos andavam com água oxigenada no bolso para jogar sobre manchas e verificar se era sangue. Se a água oxigenada “fervesse” era sangue.
Hoje as coisas estão mais fáceis, modernas e sofisticadas. O Instituto de Criminalística de São Paulo, por exemplo, tem equipamentos de última geração similares a algumas usadas pelo FBI ou em séries policiais, como Law&Order ou C.S.I.
Há um microscópio, chamado de “microscópio de varredura” que é capaz de encontrar um grão de areia nas roupas de alguém. Já houve casos em que o assassino negou o crime, mas foi pego porque a terra encontrada na roupa dele (mesmo depois de ele a ter lavado) era do mesmo tipo da terra onde foi encontrado o corpo da vítima.
No famoso caso do assassinato do coronel Ubiratan, morto em setembro de 2006 em São Paulo, a perícia foi fundamental para dar subsídios às investigações, ao determinar a hora do crime, a posição do atirador e ao não encontrar no apartamento nenhuma digital que não pertencesse ao próprio coronel ou à noiva dele.
Um recurso importante usado atualmente pela perícia é o “luminol” (que a gente vê com freqüência em filmes policiais). É uma substância especial, que substituiu a artesanal água oxigenada. Quando colocada sobre uma mancha de sangue, ela fica fluorescente, azulada. Mesmo que o criminoso ou os criminosos limpem o local, o luminol consegue mostrar que ali havia sangue.
A morte de Isabella Nardoni, de cinco anos, em 29 de março de 2008, causou comoção nacional e provocou discussões sobre a importância da perícia num caso como este. Também evidenciou a importância dos acertos dos peritos que ajudam a polícia a desvendar o crime - e o perigo de “enganos” por parte dela.
A polícia considerou o pai da menina, Alexandre Nardoni, e a madrasta dela, Anna Carolina Jatobá, os responsáveis pela morte. Os dois, apesar de indiciados, negam o crime e não há nenhuma testemunha ocular, alguém que tenha presenciado o fato, de forma que o trabalho da perícia era fundamental neste caso, no qual mais de 60 pessoas prestaram depoimento, mas nenhuma disse ter visto o crime acontecer. As provas colhidas são circunstanciais, o que, para os assassinos (sejam ou não o pai e a madrasta) pode ser um trunfo, uma carta na manga. Mas quando somadas essas provas podem formar um conjunto probatório forte e contribuir para a decisão da Justiça.
Neste caso a perícia enfrentou um problema grave, provocado por falha da polícia: a cena do crime não foi preservada, regra número um em qualquer caso. Policiais entraram no apartamento antes da perícia e permitiram que outras pessoas também ingressassem no local. A perícia só chegou ao local três horas depois do crime, quando muita gente já tinha entrado no apartamento. Mas apesar disso os peritos afirmaram que foi possível trabalhar, e as conclusões que tiraram, em sua maioria, auxiliaram a polícia, que pediu o indiciamento dos dois pela morte de Isabella.
Os acertos da perícia:
Mas, se acertou muito no trabalho, a perícia errou ao divulgar que na roupa do pai havia vômito da menina, informação divulgada por emissoras de TV e outros veículos de comunicação. Passados 15 dias, o Instituto de Criminalística voltou atrás e desmentiu a informação, negando que a mancha amarela encontrada nas roupas do pai fosse do vômito da menina.
Enganos da perícia, por menores que sejam, podem contribuir para que a defesa de acusados se beneficie.
O caso PC Farias e a manipulação da cena do crime
Já no caso da morte de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Melo, alterar a cena do crime foi fatal para a perícia, que pouco pôde analisar depois que tudo foi remexido. O mais incrível da história é que os seguranças de Paulo César, conhecido como “PC”, eram policiais e nem assim se preocuparam em manter o local.
PC e a namorada dele, Suzana Marcolino, foram mortos em 23 de junho de 1997, na casa em que PC morava, em Maceió, Alagoas. Cada um levou um tiro.
Quando a perícia chegou à casa tudo tinha sido mexido e alterado. Colchão e lençóis tinham sido queimados, o local lavado. Foi um caso que causou uma grande polêmica.
Peritos locais de Maceió concluíram que PC e Suzana foram assassinados. A polícia não deu crédito a eles e preferiu contratar os trabalhos de um perito criminal de São Paulo, Fortunato Badan Palhares, na época muito famoso por ter trabalhado em grandes casos. Apesar de encontrar tudo totalmente diferente do dia do crime, Badan afirmou que era possível fazer uma boa perícia, baseando-se em uma marca de bala na parede, que segundo ele definiria a trajetória do tiro. Usou feixes de luzes e outras artimanhas, fez teste acústico de balística (foram disparados tiros dentro do quarto para saber se era possível ouvi-los estando no jardim, onde estavam os seguranças de PC, que alegaram não ter ouvido nenhum dos dois disparos) e até compararam a altura de Suzana à altura de onde estava a marca de bala. Concluiu o perito paulista que ela atirou no namorado e depois se matou.
Os peritos de Maceió protestaram muito, uma vez que a conclusão de Badan Palhares era totalmente diferente da conclusão deles.
O caso, até hoje, gera discussão e deixou dúvidas. Poucos acreditaram na conclusão de Badan e uma reportagem, publicada pela Folha de S.Paulo, causou mais polêmica ao caso. O jornal mostrou que os cálculos do perito paulista, em relação à trajetória da bala, estavam totalmente errados porque ele errou na altura da moça. O perito declarou no laudo que ela atirou no namorado e que tinha certeza de que tinha sido ela porque comparou a altura da moça com a altura da bala que ficou na parede. Ora, se ele não sabia a altura certa dela , a conclusão sobre a direção da bala estava errada, e conseqüentemente a conclusão também.
O caso foi parar na Justiça e Badan chegou a ser processado por imperícia, mas o caso acabou arquivado.
Fonte: HSW
Veja também: Ciência forense: analisando as provas
6 invenções de guerra que a gente usa hoje em casa
“Não alterar a cena do crime”. Essa frase é ouvida diariamente por policiais civis e militares. E cuidar para que isso aconteça é muito importante até a perícia chegar ao local. No Brasil, no entanto, são comuns os casos de alteração da cena do crime.
Ao chegar, a polícia deve cuidar para que nenhuma prova seja retirada e que a cena não seja alterada. Quanto mais o local estiver igual ao momento em que aconteceu o crime, mais fácil será o trabalho da perícia, que é fundamental para a comprovação de como ocorreu o crime e buscar provas que levem ao seu autor. Marco Antonio Desgualdo, um dos mais experientes investigadores da Polícia Civil de São Paulo, observava tudo, ajudando a verificar o que poderia ter ocorrido no local. “O cadáver fala”, dizia Desgualdo. No corpo da vítima é possível encontrar algumas importantes pistas. Por exemplo: se houve luta, sob as unhas do morto pode haver pele do assassino. Fios de cabelo e pêlos do corpo no local também podem indicar o criminoso. Por isso, toda a atenção é necessária. Muitas vezes, sabendo desses detalhes, os assassinos tentam mascarar a cena do crime e até tomam alguns cuidados, como teriam feito Suzane Richthofen e o namorado dela, Daniel Cravinhos, que, com a ajuda do irmão de Daniel, Christhian, foram condenados por matar o pai e a mãe da moça, enquanto eles dormiam, em 2002.
Estudante de direito, ela planejou tudo, comprando, inclusive, meias femininas que eles colocaram nas pernas, mãos e cabeça. O objetivo era não deixar os pêlos dos assassinos no quarto do casal, o que levantaria a suspeita da polícia. No caso dela, este recurso deu certo porque não foram encontrados nem pêlos nem cabelos no local, mas o resto do plano falhou e ela foi condenada e presa e acabou confessando o crime. O namorado e o irmão dele também foram detidos.
Mais um exemplo da importância da perícia e como ela pode ser fundamental na solução de um crime é o casao de uma mulher encontrada morta na banheira do seu apartamento. Foi o noivo quem encontrou o corpo. A perícia constatou que não tinha sido acidente, porque havia água nos pulmões, o que significava que ela tinha sido afogada.
O noivo passou a ser o principal suspeito. Ele contou que chegou ao apartamento às 20h e que ela já estava morta, tendo chamado a polícia imediatamente. O horário do telefonema dado à polícia batia - foi às 20h04. Mas a versão do noivo caiu por terra quando o porteiro disse que o tinha visto chegar às 18h, e não às 20h. A perícia comprovou que a morte tinha ocorrido por volta das 18h15, colocando o rapaz na cena do crime. Foi através da decantação do sabonete no corpo que a perícia determinou a hora da morte, um trabalho minucioso que levou o assassino para a cadeia. Sem saída, ele acabou confessando que matou a noiva porque estava apaixonado por outra mulher.
Antigamente, a perícia brasileira tinha poucos equipamentos adequados - por exemplo, para recolher impressões digitais passavam um pó para localizar uma digital e a “recolhiam” num pedaço de durex. Os peritos andavam com água oxigenada no bolso para jogar sobre manchas e verificar se era sangue. Se a água oxigenada “fervesse” era sangue.
Hoje as coisas estão mais fáceis, modernas e sofisticadas. O Instituto de Criminalística de São Paulo, por exemplo, tem equipamentos de última geração similares a algumas usadas pelo FBI ou em séries policiais, como Law&Order ou C.S.I.
Há um microscópio, chamado de “microscópio de varredura” que é capaz de encontrar um grão de areia nas roupas de alguém. Já houve casos em que o assassino negou o crime, mas foi pego porque a terra encontrada na roupa dele (mesmo depois de ele a ter lavado) era do mesmo tipo da terra onde foi encontrado o corpo da vítima.
No famoso caso do assassinato do coronel Ubiratan, morto em setembro de 2006 em São Paulo, a perícia foi fundamental para dar subsídios às investigações, ao determinar a hora do crime, a posição do atirador e ao não encontrar no apartamento nenhuma digital que não pertencesse ao próprio coronel ou à noiva dele.
Um recurso importante usado atualmente pela perícia é o “luminol” (que a gente vê com freqüência em filmes policiais). É uma substância especial, que substituiu a artesanal água oxigenada. Quando colocada sobre uma mancha de sangue, ela fica fluorescente, azulada. Mesmo que o criminoso ou os criminosos limpem o local, o luminol consegue mostrar que ali havia sangue.
A morte de Isabella Nardoni, de cinco anos, em 29 de março de 2008, causou comoção nacional e provocou discussões sobre a importância da perícia num caso como este. Também evidenciou a importância dos acertos dos peritos que ajudam a polícia a desvendar o crime - e o perigo de “enganos” por parte dela.
A polícia considerou o pai da menina, Alexandre Nardoni, e a madrasta dela, Anna Carolina Jatobá, os responsáveis pela morte. Os dois, apesar de indiciados, negam o crime e não há nenhuma testemunha ocular, alguém que tenha presenciado o fato, de forma que o trabalho da perícia era fundamental neste caso, no qual mais de 60 pessoas prestaram depoimento, mas nenhuma disse ter visto o crime acontecer. As provas colhidas são circunstanciais, o que, para os assassinos (sejam ou não o pai e a madrasta) pode ser um trunfo, uma carta na manga. Mas quando somadas essas provas podem formar um conjunto probatório forte e contribuir para a decisão da Justiça.
Neste caso a perícia enfrentou um problema grave, provocado por falha da polícia: a cena do crime não foi preservada, regra número um em qualquer caso. Policiais entraram no apartamento antes da perícia e permitiram que outras pessoas também ingressassem no local. A perícia só chegou ao local três horas depois do crime, quando muita gente já tinha entrado no apartamento. Mas apesar disso os peritos afirmaram que foi possível trabalhar, e as conclusões que tiraram, em sua maioria, auxiliaram a polícia, que pediu o indiciamento dos dois pela morte de Isabella.
Os acertos da perícia:
- No local foi encontrada uma fralda, suja de sangue. Apesar do pouco material, foi feito exame de DNA, e a perícia constatou que era da menina. A polícia concluiu que a fralda teria sido usada para estancar o sangue que saiu de um pequeno corte que ela tinha na testa e questionou: como ela se machucou? Foi machucada? A perícia técnica também comprovou que eram dela os pingos de sangue encontrados em outros ambientes do apartamento, como cozinha, sala e quarto.
- Uma prova considerada muito importante pelo delegado que presidiu o caso foi uma marca de solado de sapato encontrada pelos peritos na cama do quarto, perto da janela de onde a menina foi atirada. Exames minuciosos e com uso de equipamentos especiais constataram que a marca é idêntica à de um calçado de Alexandre, o pai, sugerindo que ele se apoiou sobre a cama para jogar a garota para baixo. Na camiseta usada por ele no dia do assassinato os peritos encontraram minúsculos e quase invisíveis pedaços da rede de proteção colocada na janela de onde a menina foi atirada. A rede foi rasgada para que o corpo pudesse passar pelo vão e ser arremessado para baixo, do sexto andar, onde o casal morava com outros dois filhos. Foi o “microscópio de varredura” que detectou os fragmentos da rede na roupa do pai.
- Foram também exames periciais que concluíram que a garotinha foi asfixiada e que quando foi jogada pela janela ainda estava viva (mas inconsciente), tendo morrido em decorrência da queda, quando quebrou o punho e a bacia.
- A perícia confirmou que havia pingos de sangue de Isabella no carro da família, na cadeirinha do bebê, num estofado atrás do banco do motorista e entre os bancos.
- Ainda de acordo com a perícia, Alexandre Nardoni teria passado as pernas e depois o tronco de Isabella pelo buraco feito na tela de proteção da janela. Os técnicos ainda descobriram que o pai teve que empregar grande força para segurar a filha pelos braços, pois havia fibras da rede de proteção da janela fortemente presas à camisa dele. Por último a perícia ainda percebeu marcas que teriam sido feitas pelo corpo de Isabella do lado de fora da janela, logo abaixo do parapeito, mostrando o esforço que Alexandre teria feito antes de jogá-la.
Mas, se acertou muito no trabalho, a perícia errou ao divulgar que na roupa do pai havia vômito da menina, informação divulgada por emissoras de TV e outros veículos de comunicação. Passados 15 dias, o Instituto de Criminalística voltou atrás e desmentiu a informação, negando que a mancha amarela encontrada nas roupas do pai fosse do vômito da menina.
Enganos da perícia, por menores que sejam, podem contribuir para que a defesa de acusados se beneficie.
O caso PC Farias e a manipulação da cena do crime
Já no caso da morte de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Melo, alterar a cena do crime foi fatal para a perícia, que pouco pôde analisar depois que tudo foi remexido. O mais incrível da história é que os seguranças de Paulo César, conhecido como “PC”, eram policiais e nem assim se preocuparam em manter o local.
PC e a namorada dele, Suzana Marcolino, foram mortos em 23 de junho de 1997, na casa em que PC morava, em Maceió, Alagoas. Cada um levou um tiro.
Quando a perícia chegou à casa tudo tinha sido mexido e alterado. Colchão e lençóis tinham sido queimados, o local lavado. Foi um caso que causou uma grande polêmica.
Peritos locais de Maceió concluíram que PC e Suzana foram assassinados. A polícia não deu crédito a eles e preferiu contratar os trabalhos de um perito criminal de São Paulo, Fortunato Badan Palhares, na época muito famoso por ter trabalhado em grandes casos. Apesar de encontrar tudo totalmente diferente do dia do crime, Badan afirmou que era possível fazer uma boa perícia, baseando-se em uma marca de bala na parede, que segundo ele definiria a trajetória do tiro. Usou feixes de luzes e outras artimanhas, fez teste acústico de balística (foram disparados tiros dentro do quarto para saber se era possível ouvi-los estando no jardim, onde estavam os seguranças de PC, que alegaram não ter ouvido nenhum dos dois disparos) e até compararam a altura de Suzana à altura de onde estava a marca de bala. Concluiu o perito paulista que ela atirou no namorado e depois se matou.
Os peritos de Maceió protestaram muito, uma vez que a conclusão de Badan Palhares era totalmente diferente da conclusão deles.
O caso, até hoje, gera discussão e deixou dúvidas. Poucos acreditaram na conclusão de Badan e uma reportagem, publicada pela Folha de S.Paulo, causou mais polêmica ao caso. O jornal mostrou que os cálculos do perito paulista, em relação à trajetória da bala, estavam totalmente errados porque ele errou na altura da moça. O perito declarou no laudo que ela atirou no namorado e que tinha certeza de que tinha sido ela porque comparou a altura da moça com a altura da bala que ficou na parede. Ora, se ele não sabia a altura certa dela , a conclusão sobre a direção da bala estava errada, e conseqüentemente a conclusão também.
O caso foi parar na Justiça e Badan chegou a ser processado por imperícia, mas o caso acabou arquivado.
Fonte: HSW
Veja também: Ciência forense: analisando as provas
6 invenções de guerra que a gente usa hoje em casa
03 novembro, 2013
Ciência forense: analisando as provas
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
O primeiro laboratório forense dos Estados Unidos foi fundado em 1923, em Los Angeles. Em 1932, o FBI estabeleceu o seu próprio laboratório forense para atender os departamentos de polícia e outras autoridades na área da investigação em todo o país. O laboratório do FBI é um dos maiores do mundo.
O Denver Crime Lab, no Colorado Bureau of Investigation, disponibiliza a coleta de evidências e a análise laboratorial para qualquer departamento de polícia no Colorado que solicite os serviços. Também conduz investigações no âmbito estadual que não estão sob a jurisdição de qualquer autoridade local.
Alguns departamentos especializados do Denver Crime Lab incluem:
Impressões digitais latentes e marcas
Revelar impressões digitais latentes; analisar e comparar impressões digitais, marcas de calçados e pneus; passar as impressões digitais pelo Sistema de Identificação Automatizado de Impressões Digitais (AFIS, que utiliza o banco de dados do FBI) comparando-as com centenas de milhões de impressões digitais.
Vestígios
Fazer análise de resíduos de pólvora; identificar e comparar amostras de solo, vidro, pêlos e tinta.
Química
Conduzir análises e comparações de drogas ilícitas, explosivos e produtos químicos desconhecidos.
Crimes no computador
Recolher evidências em computadores; fazer um levantamento em computadores para encontrar evidências de áudio ou vídeo.
Identificação de armas de fogo e marcas de ferramentas
Identificar as armas de fogo; testá-las para determinar o modelo do cano e a distância entre a arma e o ferimento; identificar e comparar os projéteis, estojos e marcas causadas pelas ferramentas.
Sorologia e DNA
Conduzir exames dos fluidos corporais, incluindo exame de DNA das manchas de sangue, esperma e cabelo, para identificação e comparação.
Exame de documentos
Detectar falsificações e alterações; conduzir comparações de caligrafia; reconstruir documentos inutilizados; identificar e comparar impressoras, máquinas de datilografia ou copiadoras usadas para produzir um documento.
Muitas vezes, uma evidência passa por mais de um departamento para análise. Cada departamento fornece um relatório completo da evidência analisada, incluindo os resultados concretos (números, medidas, conteúdo químico) e conclusões que os cientistas emitiram para estes resultados. O perito encarregado pode compilar os resultados e entregá-los para o detetive chefe do caso, ou o laboratório pode remeter os resultados diretamente para o grupo de detetives.
Desempenhando a sua função
O papel de um perito em cena de crime não termina quando ele conclui o seu relatório. Não termina nem quando os resultados do laboratório relacionados a esta evidência são entregues aos detetives do caso. A maior parte do trabalho do perito consiste em testemunhar no tribunal sobre a evidência que ele coletou, os métodos que usou e o número de pessoas que estiveram em contato com ela antes que terminasse como "Prova Documental D" da acusação. E a função do advogado de defesa é atacar a evidência, o que às vezes significa atacar a pessoa que a coletou. Por isso, os mandados de busca e apreensão, registros de evidências, fotografias e relatórios extremamente detalhados são tão cruciais no processo da investigação. A defesa tentará incriminar cada evidência apresentada no tribunal. A legalidade da busca, a preservação sem máculas da prova e a completa e incontestável documentação do local do crime são as considerações mais importantes numa investigação da cena do crime.
Para se tornar um investigador
Os peritos trabalham por várias horas, devem estar disponíveis para emergências 24 h por dia e 7 dias por semana e, geralmente, lidam com cenas repulsivas. Para Joe Clayton, o seu trabalho como perito significa um constante lembrete da desumanidade do homem para com o homem. Mas ele vê o seu trabalho como uma oportunidade de usar a ciência para ajudar as pessoas.
Os peritos podem ser policiais ou civis. A maneira mais fácil de se tornar um perito é se tornar primeiro um policial e depois receber treinamento para fazer investigações. Cada departamento da polícia e entidade ligada ao cumprimento da lei possui critérios diferentes. Normalmente, um perito civil deveria ter graduação de 2 a 4 anos. O Sr. Clayton não é policial. Ele se formou na faculdade e é bacharel em biologia e especialização em química e em ciências do comportamento humano. Ele se candidatou para a posição de perito no Kansas Bureau of Investigation e recebeu o seu treinamento lá.
Ligue para o departamento de polícia ou laboratório criminal local para saber quais são as exigências para o cargo de perito civil. Antes de decidir exercer esta função, você deve visitar o necrotério e olhar um corpo mutilado. Se você passar no teste, considere uma nova carreira.
Peritos e o seriado CSI
Então Hollywood está certa? Quando perguntado se o programa de TV "CSI" descreve precisamente o seu trabalho, a breve resposta de Joe Clayton foi: não. A resposta mais longa foi de que o programa mostra com precisão certos aspectos da investigação da cena do crime, mas deixa muita coisa de fora e acrescenta outras coisas porque, afinal, é Hollywood. Os espectadores não querem assistir a um grupo de peritos aguardando um mandado de busca e apreensão, e provavelmente ficariam insatisfeitos se não vissem o suspeito.
Cientificamente falando, o seriado CSI às vezes perde o fio da meada. Na realidade, não é possível colocar no ar um seriado de duas horas falando de morte. Também não é somente escanear uma impressão digital e aguardar até que uma foto do suspeito seja exibida. Os softwares de comparação de impressões digitais trazem várias combinações possíveis que o especialista deve examinar visualmente para determinar qual é a combinação correta.
Hollywood também interpreta erroneamente os processos investigativos. Os peritos da cena do crime quase sempre obtém mandados antes de fazer buscas no local. O único local que pode não exigir mandado é o apartamento próprio da vítima, onde morou sozinha e nunca compartilhou o espaço com ninguém. Isto significa que há muita espera envolvida, é raro o perito chegar no local e começar a vasculhar. O que geralmente acontece é o perito chegar e determinar que áreas precisam ser vasculhadas, e depois alguém obtém a autorização do promotor público, que obtém a autorização do juiz, que assina qualquer mandado de busca e apreensão solicitado. Uma vez que o promotor público traz os mandados para o local, a busca começa.
E a busca foca a evidência e não os vizinhos da vítima. O perito não lida com testemunhas ou suspeitos. Eles não entrevistam as pessoas no local, não interrogam ninguém e definitivamente não perseguem o criminoso. Estas tarefas são dos detetives que estão no caso. Também, é muito raro para um perito conduzir toda a investigação do início ao fim, mesmo quando estamos falando somente sobre evidências. Há muitas pessoas envolvidas na coleta e análise de evidências, incluindo investigadores, especialistas forenses, médicos legistas e detetives. É muito raro um perito experiente e especializado fazer tudo isto.
Na opinião do Sr. Clayton, programas como o seriado CSI não estão tornando os criminosos mais espertos. A verdade é que a investigação da cena do crime e a ciência forense estão sempre tentando capturar os criminosos e não o contrário. E embora haja crimes premeditados, a experiência do Sr. Clayton prova que a maioria dos crimes violentos é cometida no calor do momento. O criminoso está agitado, possivelmente sob a influência de drogas ou álcool, e não tem desenvoltura para cobrir os seus rastros. É raríssimo que um "gênio do crime", que tenha conhecimento da cência forense, cometa um assassinato perfeito e se livre dele.
Fonte: HSW
Veja também: Coleta de provas
As investigações de cenas de crimes no Brasil
O primeiro laboratório forense dos Estados Unidos foi fundado em 1923, em Los Angeles. Em 1932, o FBI estabeleceu o seu próprio laboratório forense para atender os departamentos de polícia e outras autoridades na área da investigação em todo o país. O laboratório do FBI é um dos maiores do mundo.
O Denver Crime Lab, no Colorado Bureau of Investigation, disponibiliza a coleta de evidências e a análise laboratorial para qualquer departamento de polícia no Colorado que solicite os serviços. Também conduz investigações no âmbito estadual que não estão sob a jurisdição de qualquer autoridade local.
Alguns departamentos especializados do Denver Crime Lab incluem:
Impressões digitais latentes e marcas
Revelar impressões digitais latentes; analisar e comparar impressões digitais, marcas de calçados e pneus; passar as impressões digitais pelo Sistema de Identificação Automatizado de Impressões Digitais (AFIS, que utiliza o banco de dados do FBI) comparando-as com centenas de milhões de impressões digitais.
Vestígios
Fazer análise de resíduos de pólvora; identificar e comparar amostras de solo, vidro, pêlos e tinta.
Química
Conduzir análises e comparações de drogas ilícitas, explosivos e produtos químicos desconhecidos.
Crimes no computador
Recolher evidências em computadores; fazer um levantamento em computadores para encontrar evidências de áudio ou vídeo.
Identificação de armas de fogo e marcas de ferramentas
Identificar as armas de fogo; testá-las para determinar o modelo do cano e a distância entre a arma e o ferimento; identificar e comparar os projéteis, estojos e marcas causadas pelas ferramentas.
Sorologia e DNA
Conduzir exames dos fluidos corporais, incluindo exame de DNA das manchas de sangue, esperma e cabelo, para identificação e comparação.
Exame de documentos
Detectar falsificações e alterações; conduzir comparações de caligrafia; reconstruir documentos inutilizados; identificar e comparar impressoras, máquinas de datilografia ou copiadoras usadas para produzir um documento.
Muitas vezes, uma evidência passa por mais de um departamento para análise. Cada departamento fornece um relatório completo da evidência analisada, incluindo os resultados concretos (números, medidas, conteúdo químico) e conclusões que os cientistas emitiram para estes resultados. O perito encarregado pode compilar os resultados e entregá-los para o detetive chefe do caso, ou o laboratório pode remeter os resultados diretamente para o grupo de detetives.
Desempenhando a sua função
O papel de um perito em cena de crime não termina quando ele conclui o seu relatório. Não termina nem quando os resultados do laboratório relacionados a esta evidência são entregues aos detetives do caso. A maior parte do trabalho do perito consiste em testemunhar no tribunal sobre a evidência que ele coletou, os métodos que usou e o número de pessoas que estiveram em contato com ela antes que terminasse como "Prova Documental D" da acusação. E a função do advogado de defesa é atacar a evidência, o que às vezes significa atacar a pessoa que a coletou. Por isso, os mandados de busca e apreensão, registros de evidências, fotografias e relatórios extremamente detalhados são tão cruciais no processo da investigação. A defesa tentará incriminar cada evidência apresentada no tribunal. A legalidade da busca, a preservação sem máculas da prova e a completa e incontestável documentação do local do crime são as considerações mais importantes numa investigação da cena do crime.
Para se tornar um investigador
Os peritos trabalham por várias horas, devem estar disponíveis para emergências 24 h por dia e 7 dias por semana e, geralmente, lidam com cenas repulsivas. Para Joe Clayton, o seu trabalho como perito significa um constante lembrete da desumanidade do homem para com o homem. Mas ele vê o seu trabalho como uma oportunidade de usar a ciência para ajudar as pessoas.
Os peritos podem ser policiais ou civis. A maneira mais fácil de se tornar um perito é se tornar primeiro um policial e depois receber treinamento para fazer investigações. Cada departamento da polícia e entidade ligada ao cumprimento da lei possui critérios diferentes. Normalmente, um perito civil deveria ter graduação de 2 a 4 anos. O Sr. Clayton não é policial. Ele se formou na faculdade e é bacharel em biologia e especialização em química e em ciências do comportamento humano. Ele se candidatou para a posição de perito no Kansas Bureau of Investigation e recebeu o seu treinamento lá.
Ligue para o departamento de polícia ou laboratório criminal local para saber quais são as exigências para o cargo de perito civil. Antes de decidir exercer esta função, você deve visitar o necrotério e olhar um corpo mutilado. Se você passar no teste, considere uma nova carreira.
Peritos e o seriado CSI
Então Hollywood está certa? Quando perguntado se o programa de TV "CSI" descreve precisamente o seu trabalho, a breve resposta de Joe Clayton foi: não. A resposta mais longa foi de que o programa mostra com precisão certos aspectos da investigação da cena do crime, mas deixa muita coisa de fora e acrescenta outras coisas porque, afinal, é Hollywood. Os espectadores não querem assistir a um grupo de peritos aguardando um mandado de busca e apreensão, e provavelmente ficariam insatisfeitos se não vissem o suspeito.
Cientificamente falando, o seriado CSI às vezes perde o fio da meada. Na realidade, não é possível colocar no ar um seriado de duas horas falando de morte. Também não é somente escanear uma impressão digital e aguardar até que uma foto do suspeito seja exibida. Os softwares de comparação de impressões digitais trazem várias combinações possíveis que o especialista deve examinar visualmente para determinar qual é a combinação correta.
Hollywood também interpreta erroneamente os processos investigativos. Os peritos da cena do crime quase sempre obtém mandados antes de fazer buscas no local. O único local que pode não exigir mandado é o apartamento próprio da vítima, onde morou sozinha e nunca compartilhou o espaço com ninguém. Isto significa que há muita espera envolvida, é raro o perito chegar no local e começar a vasculhar. O que geralmente acontece é o perito chegar e determinar que áreas precisam ser vasculhadas, e depois alguém obtém a autorização do promotor público, que obtém a autorização do juiz, que assina qualquer mandado de busca e apreensão solicitado. Uma vez que o promotor público traz os mandados para o local, a busca começa.
E a busca foca a evidência e não os vizinhos da vítima. O perito não lida com testemunhas ou suspeitos. Eles não entrevistam as pessoas no local, não interrogam ninguém e definitivamente não perseguem o criminoso. Estas tarefas são dos detetives que estão no caso. Também, é muito raro para um perito conduzir toda a investigação do início ao fim, mesmo quando estamos falando somente sobre evidências. Há muitas pessoas envolvidas na coleta e análise de evidências, incluindo investigadores, especialistas forenses, médicos legistas e detetives. É muito raro um perito experiente e especializado fazer tudo isto.
Na opinião do Sr. Clayton, programas como o seriado CSI não estão tornando os criminosos mais espertos. A verdade é que a investigação da cena do crime e a ciência forense estão sempre tentando capturar os criminosos e não o contrário. E embora haja crimes premeditados, a experiência do Sr. Clayton prova que a maioria dos crimes violentos é cometida no calor do momento. O criminoso está agitado, possivelmente sob a influência de drogas ou álcool, e não tem desenvoltura para cobrir os seus rastros. É raríssimo que um "gênio do crime", que tenha conhecimento da cência forense, cometa um assassinato perfeito e se livre dele.
Fonte: HSW
Veja também: Coleta de provas
As investigações de cenas de crimes no Brasil
02 novembro, 2013
Nikon patrocina competição de fotomicrografia
Todos os anos a Nikon patrocina uma competição de fotomicrografia — a badalada Small World — na qual os participantes revelam ao mundo detalhes de criaturas e objetos que nos rodeiam, mas que são impossíveis de serem vistos a olho nu. Os resultados desse concurso são superaguardados, por que as imagens são sempre surpreendentes, quando não assustadoras!
Confira aqui todos os trabalhos que participaram da competição este ano. E logo abaixo, 13 fotografias assustadoras — com participação de cientistas brasileiros — que selecionamos para você:
1 – Verme marinho
2 – Aranha com larva parasita
3 – Cabeça de besouro
4 – Formiga faminta
5 – Barriguinha de larva
6 – Besourinho com amigos
7 – Alien?
8 – Codorna
9 – Drosófila
10 – Maria fedida
11 – Camarão
12 – Florzinha
13 – Mosquito
Fonte: megacurioso
Confira aqui todos os trabalhos que participaram da competição este ano. E logo abaixo, 13 fotografias assustadoras — com participação de cientistas brasileiros — que selecionamos para você:
1 – Verme marinho
2 – Aranha com larva parasita
3 – Cabeça de besouro
4 – Formiga faminta
6 – Besourinho com amigos
7 – Alien?
8 – Codorna
9 – Drosófila
10 – Maria fedida
11 – Camarão
12 – Florzinha
13 – Mosquito
Fonte: megacurioso
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Coleta de provas
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Ao coletar provas da cena de um crime, o perito tem vários objetivos em mente: reconstituir o crime, identificar a pessoa que o cometeu, preservar a prova para análise e coletá-la para que seja aceita pela justiça.
Vestígios
Os vestígios podem incluir resíduo de pólvora, resíduo de tinta, produtos químicos, vidro e drogas ilícitas. Para coletar a evidência de marcas, o perito pode usar pinças, recipientes plásticos com tampa, um dispositivo a vácuo filtrado e uma faca. Ele também terá um kit para análises de risco contendo luvas de látex, botinas, máscara facial e jaleco descartáveis e um saco para lixo.
Se o crime envolver uma arma de fogo, o perito irá coletar as roupas da vítima e de qualquer pessoa que tenha estado no local do crime para que o laboratório possa verificar a presença de resíduos de pólvora. A presença destes resíduos na vítima pode indicar um tiro à queima roupa. Em outra pessoa, pode indicar um suspeito. O perito coloca todas as roupas em sacos de papel lacrados para o transporte ao laboratório. Se ele encontrar qualquer droga ilícita ou pó desconhecido, pode coletá-los usando uma faca e em seguida lacrar cada amostra em um recipiente esterilizado separado. O laboratório pode identificar a substância, determinar a sua pureza e descobrir o que mais está presente na amostra e em que quantidades. Estas análises podem determinar se havia posse ou adulteração de drogas ou se a composição poderia ter matado ou incapacitado uma vítima.
Os técnicos descobrem muitas evidências de um crime no laboratório quando sacodem roupas de cama, roupas, toalhas, almofadas de sofá e outros itens encontrados no local. No CBI Denver Crime Lab, os técnicos sacodem estas peças em um quarto esterelizado, sobre uma grande tábua branca coberta com papel.
Os técnicos mandam qualquer vestígio encontrado para o departamento apropriado. No Denver Crime Lab, terra, vidro e tinta permanecem no laboratório de vestígios; drogas ilícitas e substâncias desconhecidas seguem para o laboratório de química e o cabelo vai para o laboratório de DNA.
Fluidos corporais
Os fluidos corporais encontrados no local do crime podem ser sangue, esperma, saliva e vômito. Para identificar e coletar estas evidências, o perito pode usar lâminas de esfregaço, bisturi, pinças, tesouras, panos esterilizados, luz ultravioleta, óculos protetores e luminol. Ele também pode usar um kit de coleta de sangue para obter amostras dos suspeitos ou de uma vítima viva, para realizar a comparação.
Se a vítima está morta, mas há sangue no corpo, o perito coleta uma amostra através de um pedaço da roupa ou do uso de um pano esterilizado e uma pequena quantidade de água destilada. O sangue e a saliva coletados do corpo podem pertencer a outra pessoa e o laboratório irá realizar um exame de DNA para compará-los com o sangue ou a saliva retirados de um suspeito. O perito também irá raspar as unhas da vítima em busca de pele. Se houve luta, a pele do suspeito (e portanto, seu DNA) pode estar sob as unhas da vítima. Caso haja sangue seco em qualquer móvel no local do crime, o perito tentará enviar o móvel inteiro para o laboratório. Não é raro encontrar evidências no sofá, por exemplo. Se o sangue estiver sobre alguma coisa que não pode ser levada ao laboratório, como uma parede ou banheira, o perito pode coletá-lo em um recipiente esterilizado através da raspagem com um bisturi. O perito pode usar também o luminol e uma luz ultravioleta portátil para revelar se o sangue foi lavado de uma superfície.
Caso haja sangue no local, também pode haver amostras de respingos de sangue. Estas amostras podem revelar que tipo de arma foi usada, por exemplo, uma “amostra de pingos de sangue espalhados” é absorvida quando uma coisa como um bastão de beisebol entra em contato com uma fonte de sangue e então retorna ao ponto inicial. Os pingos são grandes e geralmente têm a forma de uma lágrima. Este tipo de amostra pode indicar golpes múltiplos de um objeto obtuso, porque o primeiro golpe não entra em contato com o sangue. Uma amostra de alta energia, por outro lado, é feita de muitos pingos minúsculos e pode indicar um tiro de arma de fogo. As análises das amostras de sangue podem indicar de que direção o sangue veio e quantos incidentes separados criaram esta amostra. Analisar uma amostra de sangue envolve o estudo do tamanho e formato da mancha, o formato e o tamanho dos pingos de sangue e a concentração de pingos dentro de uma amostra. O perito tira fotografias da amostra e chama um especialista para analisá-la.
Cabelo e pêlos
O perito pode usar pentes, pinças, recipientes e um dispositivo a vácuo filtrado para coletar cabelos ou pêlos no local. No caso de estupro com uma vítima viva, o perito acompanha a vítima ao hospital para obter os cabelos ou pêlos encontrados no corpo dela durante o exame médico. O perito lacra as evidências de cabelos ou pêlos em recipientes separados para transportar ao laboratório.
O perito pode recuperar pêlos de carpete dos sapatos de um suspeito. O laboratório pode compará-los aos pêlos do carpete da casa da vítima. Os examinadores podem usar o DNA do cabelo para identificar ou eliminar suspeitos por meio de comparação. A presença de cabelo em uma ferramenta ou arma pode identificar se ela foi usada no crime. O laboratório criminal pode determinar a que tipo de animal pertenceu o cabelo e, caso seja humano, determinar a raça da pessoa, em que parte do corpo o cabelo estava, se o cabelo caiu ou se foi arrancado e também se foi pintado.
Impressões digitais
As ferramentas para recuperar impressões digitais incluem escovas, alguns tipos de pó, fita adesiva, produtos químicos, cartões de impressão, lente de aumento e vapor de super cola. O laboratório pode usar as impressões digitais para identificar a vítima, identificar um suspeito ou inocentá-lo. Há vários tipos de impressões digitais que o perito pode encontrar na cena do crime:
Um criminoso pode deixar impressões digitais em superfícies porosas ou não porosas. Papel, madeira inacabada e cartolina são superfícies porosas que irão deter uma impressão digital e vidro, plástico e metal são superfícies não-porosas. O perito irá procurar impressões digitais latentes em superfícies onde o criminoso provavelmente tocou. Por exemplo, se há sinais de entrada forçada na porta da frente, a maçaneta do lado de fora e a superfície da porta são lugares lógicos para se procurar impressões digitais. Respirar sobre a superfície ou iluminá-la com uma luz muito forte poderá fazer com que a impressão digital latente fique temporariamente visível. Quando você vê um detetive de TV girar a maçaneta usando um lenço, ele provavelmente está destruindo uma impressão digital latente. A única maneira de não alterar uma impressão digital latente em uma superfície não porosa é não tocá-la. Os métodos apropriados para se recuperar uma impressão digital latente incluem os itens abaixo.
Pegadas e marcas de ferramentas
Uma impressão digital latente é um exemplo de marca bidimensional. A marca de uma pegada na lama ou a marca de uma ferramenta no esquadro da janela é um exemplo de marca tridimensional. Se não for possível levar o objeto inteiro contendo a marca ao laboratório, o perito faz um molde no local.
O kit para moldes pode conter múltiplos componentes (sulfato de cálcio dental, borracha de silicone), resina (para fazer molde em neve), uma tigela, uma espátula e caixas de papelão para guardar os moldes.
Se o perito encontrar uma marca de pegada na lama, ele irá fotografá-la e então fará um molde. Para preparar o molde, ele mistura o material com água em um saco do tipo ziploc e mexe por dois minutos até que se atinja a consistência de massa de panqueca. Ele então despeja a mistura na borda da pegada para que escorra a fim de evitar as bolhas de ar. Uma vez que o material cobriu a pegada, ele deixa repousar por 30 min no mínimo e em seguida retira cuidadosamente o molde da lama. Sem limpar ou escovar, o que poderia destruir qualquer evidência de pegadas, ele coloca o molde dentro de uma caixa de papelão ou saco de papel para transportá-lo ao laboratório.
Para marcas de ferramentas, o molde é mais difícil de se usar em comparação ao de pegadas. Se não for viável transportar a peça inteira contendo a marca de ferramenta, o perito pode fazer um molde com borracha de silicone e esperar pelo melhor resultado. Há dois tipos de marcas de ferramentas que o perito pode encontrar na cena do crime:
Na análise das marcas de ferramentas, o laboratório pode determinar qual o tipo de ferramenta que originou a marca e se a ferramenta em evidência é a mesma que causou a marca. Também pode comparar a marca de ferramenta em evidência com uma outra marca de ferramenta para determinar se as marcas foram feitas pela mesma ferramenta.
Armas de fogo
Se o perito encontrar armas de fogo, projéteis ou estojos (cartuchos) no local, ele põe as luvas, pega a arma pelo cano (e não pela coronha) e a embrulha separadamente para mandar ao laboratório. Os cientistas forenses podem descobrir números de série e combinar os projéteis e estojos não somente com a arma de onde saíram, mas também com os encontrados em outros locais de crimes dentro do estado; muitos dados balísticos têm abrangência estadual. Quando há perfurações provocados por projéteis em uma vítima ou outros objetos no local, os especialistas podem determinar de onde e de que altura estes foram disparados, assim como a posição da vítima ao ser atingida, usando um kit de trajetória a laser. Caso haja projéteis incrustados na parede ou na moldura da porta, o perito irá remover o pedaço da parede ou do madeiramento que contém o projétil, pois retirá-lo somente pode danificá-lo, tornando-o inadequado para comparação.
Documentos
O perito coleta e guarda diários, agendas de compromisso, agendas de telefones ou bilhetes de suicídio encontrados na cena do crime. Ele também entrega ao laboratório contratos assinados, recibos, uma carta rasgada encontrada no lixo ou qualquer outra evidência escrita, digitada ou fotocopiada que possa estar relacionada ao crime. Um laboratório especializado em documentos geralmente pode reconstruir um documento inutilizado, até mesmo um documento queimado, bem como determinar se o documento foi alterado ou não. Os técnicos analisam os documentos em busca de falsificações, fazem fotos de comparação da caligrafia da vítima e de suspeitos e identificam o tipo de máquina usada para produzir o documento. Eles podem descartar uma impressora ou fotocopiadora encontrada no local para determinar a compatibilidade ou incompatibilidade com uma máquina encontrada com um suspeito.
Quando o perito descobre uma evidência no local, ele a fotografa, registra, recolhe e põe uma etiqueta nela. A etiqueta pode incluir informações que ajudam na sua identificação tais como hora, data, e localização exata do material e quem o encontrou, ou pode simplesmente informar o número de série que corresponde a uma entrada no registro de evidências que contém esta informação. O relatório da cena do crime documenta o conjunto completo das evidências recolhidas do local, incluindo o registro fotográfico, registro das evidências encontradas e um relatório escrito que descreve a investigação do local do crime.
Coisas que você pode encontrar na van do investigador
No furgão do perito, você pode encontrar arco de serra, alicates, chave inglesa, uma alavanca, alicates de arame, cortadores de parafusos, pás, peneiras, um pequeno pé-de-cabra, uma faca de bolso, fitas métricas, bandeira sinalizadora na cor laranja, uma lanterna, baterias, giz, fórceps, garras, uma bússola, um imã, um detector de metais, água destilada, joelheiras e animais de pelúcia, no caso de haver vítimas infantis vivas.
Fonte: HSW
Veja também: Na cena do crime: procurando provas e evidências
Ciência forense: analisando as provas
Ao coletar provas da cena de um crime, o perito tem vários objetivos em mente: reconstituir o crime, identificar a pessoa que o cometeu, preservar a prova para análise e coletá-la para que seja aceita pela justiça.
Vestígios
Os vestígios podem incluir resíduo de pólvora, resíduo de tinta, produtos químicos, vidro e drogas ilícitas. Para coletar a evidência de marcas, o perito pode usar pinças, recipientes plásticos com tampa, um dispositivo a vácuo filtrado e uma faca. Ele também terá um kit para análises de risco contendo luvas de látex, botinas, máscara facial e jaleco descartáveis e um saco para lixo.
Se o crime envolver uma arma de fogo, o perito irá coletar as roupas da vítima e de qualquer pessoa que tenha estado no local do crime para que o laboratório possa verificar a presença de resíduos de pólvora. A presença destes resíduos na vítima pode indicar um tiro à queima roupa. Em outra pessoa, pode indicar um suspeito. O perito coloca todas as roupas em sacos de papel lacrados para o transporte ao laboratório. Se ele encontrar qualquer droga ilícita ou pó desconhecido, pode coletá-los usando uma faca e em seguida lacrar cada amostra em um recipiente esterilizado separado. O laboratório pode identificar a substância, determinar a sua pureza e descobrir o que mais está presente na amostra e em que quantidades. Estas análises podem determinar se havia posse ou adulteração de drogas ou se a composição poderia ter matado ou incapacitado uma vítima.
Os técnicos descobrem muitas evidências de um crime no laboratório quando sacodem roupas de cama, roupas, toalhas, almofadas de sofá e outros itens encontrados no local. No CBI Denver Crime Lab, os técnicos sacodem estas peças em um quarto esterelizado, sobre uma grande tábua branca coberta com papel.
Os técnicos mandam qualquer vestígio encontrado para o departamento apropriado. No Denver Crime Lab, terra, vidro e tinta permanecem no laboratório de vestígios; drogas ilícitas e substâncias desconhecidas seguem para o laboratório de química e o cabelo vai para o laboratório de DNA.
Fluidos corporais
Os fluidos corporais encontrados no local do crime podem ser sangue, esperma, saliva e vômito. Para identificar e coletar estas evidências, o perito pode usar lâminas de esfregaço, bisturi, pinças, tesouras, panos esterilizados, luz ultravioleta, óculos protetores e luminol. Ele também pode usar um kit de coleta de sangue para obter amostras dos suspeitos ou de uma vítima viva, para realizar a comparação.
Se a vítima está morta, mas há sangue no corpo, o perito coleta uma amostra através de um pedaço da roupa ou do uso de um pano esterilizado e uma pequena quantidade de água destilada. O sangue e a saliva coletados do corpo podem pertencer a outra pessoa e o laboratório irá realizar um exame de DNA para compará-los com o sangue ou a saliva retirados de um suspeito. O perito também irá raspar as unhas da vítima em busca de pele. Se houve luta, a pele do suspeito (e portanto, seu DNA) pode estar sob as unhas da vítima. Caso haja sangue seco em qualquer móvel no local do crime, o perito tentará enviar o móvel inteiro para o laboratório. Não é raro encontrar evidências no sofá, por exemplo. Se o sangue estiver sobre alguma coisa que não pode ser levada ao laboratório, como uma parede ou banheira, o perito pode coletá-lo em um recipiente esterilizado através da raspagem com um bisturi. O perito pode usar também o luminol e uma luz ultravioleta portátil para revelar se o sangue foi lavado de uma superfície.
Caso haja sangue no local, também pode haver amostras de respingos de sangue. Estas amostras podem revelar que tipo de arma foi usada, por exemplo, uma “amostra de pingos de sangue espalhados” é absorvida quando uma coisa como um bastão de beisebol entra em contato com uma fonte de sangue e então retorna ao ponto inicial. Os pingos são grandes e geralmente têm a forma de uma lágrima. Este tipo de amostra pode indicar golpes múltiplos de um objeto obtuso, porque o primeiro golpe não entra em contato com o sangue. Uma amostra de alta energia, por outro lado, é feita de muitos pingos minúsculos e pode indicar um tiro de arma de fogo. As análises das amostras de sangue podem indicar de que direção o sangue veio e quantos incidentes separados criaram esta amostra. Analisar uma amostra de sangue envolve o estudo do tamanho e formato da mancha, o formato e o tamanho dos pingos de sangue e a concentração de pingos dentro de uma amostra. O perito tira fotografias da amostra e chama um especialista para analisá-la.
Cabelo e pêlos
O perito pode usar pentes, pinças, recipientes e um dispositivo a vácuo filtrado para coletar cabelos ou pêlos no local. No caso de estupro com uma vítima viva, o perito acompanha a vítima ao hospital para obter os cabelos ou pêlos encontrados no corpo dela durante o exame médico. O perito lacra as evidências de cabelos ou pêlos em recipientes separados para transportar ao laboratório.
O perito pode recuperar pêlos de carpete dos sapatos de um suspeito. O laboratório pode compará-los aos pêlos do carpete da casa da vítima. Os examinadores podem usar o DNA do cabelo para identificar ou eliminar suspeitos por meio de comparação. A presença de cabelo em uma ferramenta ou arma pode identificar se ela foi usada no crime. O laboratório criminal pode determinar a que tipo de animal pertenceu o cabelo e, caso seja humano, determinar a raça da pessoa, em que parte do corpo o cabelo estava, se o cabelo caiu ou se foi arrancado e também se foi pintado.
Impressões digitais
As ferramentas para recuperar impressões digitais incluem escovas, alguns tipos de pó, fita adesiva, produtos químicos, cartões de impressão, lente de aumento e vapor de super cola. O laboratório pode usar as impressões digitais para identificar a vítima, identificar um suspeito ou inocentá-lo. Há vários tipos de impressões digitais que o perito pode encontrar na cena do crime:
- visíveis: deixadas pela transferência de sangue, tinta, ou outro fluido ou pó sobre uma superfície lisa o suficiente para deter uma impressão digital, visível a olho nu;
- moldadas: deixadas sobre um produto macio como sabonete, massa de vidraceiro ou vela de cera, formando uma impressão;
- latentes: deixadas pelo suor e pela gordura natural dos dedos em uma superfície lisa capaz de deter uma impressão digital, não visível a olho nu.
Um criminoso pode deixar impressões digitais em superfícies porosas ou não porosas. Papel, madeira inacabada e cartolina são superfícies porosas que irão deter uma impressão digital e vidro, plástico e metal são superfícies não-porosas. O perito irá procurar impressões digitais latentes em superfícies onde o criminoso provavelmente tocou. Por exemplo, se há sinais de entrada forçada na porta da frente, a maçaneta do lado de fora e a superfície da porta são lugares lógicos para se procurar impressões digitais. Respirar sobre a superfície ou iluminá-la com uma luz muito forte poderá fazer com que a impressão digital latente fique temporariamente visível. Quando você vê um detetive de TV girar a maçaneta usando um lenço, ele provavelmente está destruindo uma impressão digital latente. A única maneira de não alterar uma impressão digital latente em uma superfície não porosa é não tocá-la. Os métodos apropriados para se recuperar uma impressão digital latente incluem os itens abaixo.
- Pó (para superfícies não porosas): pó prata metálico ou pó preto aveludado; o perito usa o pó que melhor contrasta com a cor do material onde está a impressão digital. Ele escova suavemente o pó sobre a superfície em movimentos circulares até que a impressão digital se torne visível; então, ele começa a escovar na direção das saliências da impressão digital. O perito tira uma foto da impressão digital antes de usar a fita adesiva para retirá-la, para que tenha um resultado melhor diante do tribunal. Ele gruda uma fita adesiva na impressão digital coberta de pó, descola a fita com um movimento suave e em seguida gruda-a em um cartão de impressões digitais que possui uma cor que contrasta com a cor do pó.
- Produtos químicos (para superfícies porosas): iodo, ninidrina, nitrato de prata; o perito borrifa o produto químico sobre a superfície do material ou molha o material com uma solução química para revelar a impressão digital latente.
- Fumigação com cianoacrilato (super cola) - para superfícies porosas ou não-porosas: o perito despeja super cola em um prato de metal e aquece a aproximadamente 49ºC. Ele então coloca o prato, a fonte de calor e o objeto contendo a impressão digital latente em um recipiente hermético. O vapor da super cola torna as impressões digitais latentes visíveis sem alterar o material sobre o qual elas estão.
Pegadas e marcas de ferramentas
Uma impressão digital latente é um exemplo de marca bidimensional. A marca de uma pegada na lama ou a marca de uma ferramenta no esquadro da janela é um exemplo de marca tridimensional. Se não for possível levar o objeto inteiro contendo a marca ao laboratório, o perito faz um molde no local.
O kit para moldes pode conter múltiplos componentes (sulfato de cálcio dental, borracha de silicone), resina (para fazer molde em neve), uma tigela, uma espátula e caixas de papelão para guardar os moldes.
Se o perito encontrar uma marca de pegada na lama, ele irá fotografá-la e então fará um molde. Para preparar o molde, ele mistura o material com água em um saco do tipo ziploc e mexe por dois minutos até que se atinja a consistência de massa de panqueca. Ele então despeja a mistura na borda da pegada para que escorra a fim de evitar as bolhas de ar. Uma vez que o material cobriu a pegada, ele deixa repousar por 30 min no mínimo e em seguida retira cuidadosamente o molde da lama. Sem limpar ou escovar, o que poderia destruir qualquer evidência de pegadas, ele coloca o molde dentro de uma caixa de papelão ou saco de papel para transportá-lo ao laboratório.
Para marcas de ferramentas, o molde é mais difícil de se usar em comparação ao de pegadas. Se não for viável transportar a peça inteira contendo a marca de ferramenta, o perito pode fazer um molde com borracha de silicone e esperar pelo melhor resultado. Há dois tipos de marcas de ferramentas que o perito pode encontrar na cena do crime:
- impressa: um objeto duro entra em contato com um objeto mais macio sem se mover para frente e para trás; por exemplo, uma marca de martelo no esquadro de uma porta. A marca que fica é o formato do martelo. É difícil fazer uma combinação definitiva quando há uma marca de ferramenta cunhada;
- estriada: um objeto duro entra em contato com um objeto mais macio e se move para frente e para trás; por exemplo, marcas de pé-de-cabra no esquadro de uma janela. A marca da ferramenta é uma série de linhas paralelas. É mais fácil fazer uma combinação definitiva com uma marca de ferramenta estriada.
Na análise das marcas de ferramentas, o laboratório pode determinar qual o tipo de ferramenta que originou a marca e se a ferramenta em evidência é a mesma que causou a marca. Também pode comparar a marca de ferramenta em evidência com uma outra marca de ferramenta para determinar se as marcas foram feitas pela mesma ferramenta.
Armas de fogo
Se o perito encontrar armas de fogo, projéteis ou estojos (cartuchos) no local, ele põe as luvas, pega a arma pelo cano (e não pela coronha) e a embrulha separadamente para mandar ao laboratório. Os cientistas forenses podem descobrir números de série e combinar os projéteis e estojos não somente com a arma de onde saíram, mas também com os encontrados em outros locais de crimes dentro do estado; muitos dados balísticos têm abrangência estadual. Quando há perfurações provocados por projéteis em uma vítima ou outros objetos no local, os especialistas podem determinar de onde e de que altura estes foram disparados, assim como a posição da vítima ao ser atingida, usando um kit de trajetória a laser. Caso haja projéteis incrustados na parede ou na moldura da porta, o perito irá remover o pedaço da parede ou do madeiramento que contém o projétil, pois retirá-lo somente pode danificá-lo, tornando-o inadequado para comparação.
Documentos
O perito coleta e guarda diários, agendas de compromisso, agendas de telefones ou bilhetes de suicídio encontrados na cena do crime. Ele também entrega ao laboratório contratos assinados, recibos, uma carta rasgada encontrada no lixo ou qualquer outra evidência escrita, digitada ou fotocopiada que possa estar relacionada ao crime. Um laboratório especializado em documentos geralmente pode reconstruir um documento inutilizado, até mesmo um documento queimado, bem como determinar se o documento foi alterado ou não. Os técnicos analisam os documentos em busca de falsificações, fazem fotos de comparação da caligrafia da vítima e de suspeitos e identificam o tipo de máquina usada para produzir o documento. Eles podem descartar uma impressora ou fotocopiadora encontrada no local para determinar a compatibilidade ou incompatibilidade com uma máquina encontrada com um suspeito.
Quando o perito descobre uma evidência no local, ele a fotografa, registra, recolhe e põe uma etiqueta nela. A etiqueta pode incluir informações que ajudam na sua identificação tais como hora, data, e localização exata do material e quem o encontrou, ou pode simplesmente informar o número de série que corresponde a uma entrada no registro de evidências que contém esta informação. O relatório da cena do crime documenta o conjunto completo das evidências recolhidas do local, incluindo o registro fotográfico, registro das evidências encontradas e um relatório escrito que descreve a investigação do local do crime.
Coisas que você pode encontrar na van do investigador
No furgão do perito, você pode encontrar arco de serra, alicates, chave inglesa, uma alavanca, alicates de arame, cortadores de parafusos, pás, peneiras, um pequeno pé-de-cabra, uma faca de bolso, fitas métricas, bandeira sinalizadora na cor laranja, uma lanterna, baterias, giz, fórceps, garras, uma bússola, um imã, um detector de metais, água destilada, joelheiras e animais de pelúcia, no caso de haver vítimas infantis vivas.
Fonte: HSW
Veja também: Na cena do crime: procurando provas e evidências
Ciência forense: analisando as provas
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Violencia e crimes
01 novembro, 2013
Professor constrói forno solar para uso no Sertão do Ceará
O semiárido nordestino é definido, na maioria das vezes, como uma região seca e “castigada pelo sol”. Mas por que não pensar diferente? Um professor cearense mostrou que o sol, na verdade, pode ser uma fonte de energia capaz de substituir o gás de cozinha e a lenha.
Lúcio Galvão, químico da Universidade Estadual do Ceará (Uece), criou um forno solar barato, feito materiais reciclados que, em vez do destino ser os lixões, podem ser reutilizados de forma racional e produtiva.
“Com o forno solar alternativo, o cozimento usa a luz do sol como fonte de energia”, explica o professor.
A temperatura do ambiente não influencia diretamente no funcionamento. O que interessa é a luz do sol, já que o forno atua como isolante térmico, bloqueando a entrada ou saída do calor do recipiente. Segundo Galvão,“cozinha em qualquer lugar, até em apartamento”.
O primeiro forno a custo quase zero foi construído pelo professor em parceria com o naturalista José Albano. A ideia era fazer algo mais simples e fácil, com papelão, cabos de vassoura e plástico. Foram três anos de experiência, levando em consideração o cozimento e a hidratação dos alimentos.
“Depois disso, parti sozinho pelo sertão adentro para ensinar aos moradores das comunidades como construírem os seus próprios fornos”. A empreitada iniciou em 2004.
Onde tudo começa
As primeiras oficinas para a construção do forno alternativo foram realizadas na Região dos Inhamuns. Mas as práticas já foram levadas a outros municípios cearenses como Umirim e Quixadá.
“O experimento foi parar até no Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Foz do Iguaçu”, comemora o professor.
No local da preparação, são colocados dois fornos solares para mostrar o funcionamento do utensílio em tempo real. Inicialmente, é feita uma formação teórica, explicando conceito, funcionamento, vantagens e desvantagens do uso do forno solar.
“Enquanto explico, os alimentos vão cozinhando. Quando acaba o primeiro dia de oficina, a gente come o que estava sendo preparado no forno. Só depois disso, as pessoas acreditam que ele funciona mesmo”.
O segundo dia é destinado à prática, quando cada morador da comunidade aprende a confeccionar o próprio forno. Cerca de 20 pessoas participam das oficinas para, em seguida, multiplicarem o conhecimento.
Higiene
Alguns obstáculos culturais, no entanto, dificultam a aceitação dos moradores devido ao receio quanto à higiene do equipamento. De acordo com ele, a temperatura do forno é suficientemente alta para impedir a proliferação de microrganismos, o que garante a esterilização dos alimentos.
“O cozimento por condução lenta de calor e em sistema fechado impede que fatores externos entrem em contato com a comida”, assegura.
Como é feito
O forno solar é uma caixa de papelão forrada de papel-alumínio, contendo uma chapa de metal pintada de preto, apoiada sobre pequenos calços de madeira. Sobre essa chapa são colocadas as panelas, também pintadas de preto, e com tampas de encaixe para reduzir a saída de vapor.
“Qualquer pessoa que tenho um mínimo de habilidade com ferramentas básicas, como martelo, serrote e tesoura, poderá montar seu próprio forno”, destaca o professor.
Vantagens
As vantagens do forno alternativo são muitas. O utensílio é uma forma de economizar na queima de combustível fóssil (gás butano), diminuir a derrubada de árvores para a formação de carvão vegetal, além de promover mais saúde. A comida cozinha lentamente e a temperaturas mais baixas, preservando os nutrientes.
O tempo médio é alto, levando cerca de quatro horas para cozinhar os alimentos.
“Não tratamos isso como desvantagem, porque a pessoa acaba tendo tempo mais livre para fazer outras coisas. A comida não precisa ser mexida ou vigiada durante o cozimento, pois não queima”.
Tudo do próprio bolso
O equipamento já faz sucesso há cerca de 10 anos no interior do Ceará. Investimento externo não existe, apesar das tentativas com órgãos de pesquisas estadual e federal.
“Tudo sai do bolso do próprio professor”, lamenta Galvão. “A gente não ganha dinheiro com isso. Mas o meu real objetivo é mostrar às comunidades mais distantes que é possível ter uma convivência melhor com o semiárido”, acrescenta.
Fonte: tribunadoceara
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Eclipse Solar total ocorrerá no dia 03 de Novembro de 2013
O fenômeno irá ocorrer em 3 de novembro de 2013. Será visível com totalidade no norte do Oceano Atlântico a leste de Flórida, Gabão e na África, ao sul de Costa do Marfim e Gana, com o máximo de 1 minuto e 39 segundos.
Também será visível em parte da Região Norte e em todo território do Nordeste do Brasil.
Será visível, também em parte, em toda a extensão dos restantes países de língua oficial portuguesa inclusive na região Sul do Brasil, à exceção de Timor-Leste.
Para saber o momento exato em que o Sol e a Lua se encontrarão na sua cidade e a obscuridade que poderá ser observada, confira a tabela do site Climatologia Geográfica que traz todos os detalhes.
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Na cena do crime: procurando provas e evidências
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
O objetivo da fase de coleta de provas é encontrar, reunir e preservar todas as evidências físicas úteis para reconstituir o crime e identificar o criminoso, fazendo com que ele seja trazido ao tribunal. As provas podem ser de toda ordem. Algumas provas típicas que o perito pode encontrar no local do crime incluem:
Examinando o corpo
O perito pode coletar evidências do corpo no local do crime ou aguardar até que o corpo chegue no necrotério. Em ambos os casos, o perito faz pelo menos um exame visual do corpo e da área próxima, tirando fotografias e detalhando as observações.
Antes de mover o corpo, o perito faz anotações de detalhes como:
Uma vez que o perito documentou as condições do corpo e da área próxima, os técnicos embrulham-no em um pano branco, cobrem as mãos e os pés com sacos de papel e transportam-no ao necrotério para uma necrópsia. Estas precauções têm por objetivo a preservação de evidências na vítima. O perito geralmente participa da necrópsia, tirando fotografias adicionais ou gravando em vídeo e coletando outras evidências, especialmente amostras de tecido dos órgãos principais, para análise no laboratório criminal.
Examinando a cena
Há vários padrões de investigação disponíveis para assegurar a cobertura completa da cena e o uso eficiente dos recursos. Estes padrões podem incluir:
Enquanto está investigando a cena, o perito procura por detalhes como:
Detalhes importantes
Veja também: Na cena do crime: documentação
Coleta de provas
O objetivo da fase de coleta de provas é encontrar, reunir e preservar todas as evidências físicas úteis para reconstituir o crime e identificar o criminoso, fazendo com que ele seja trazido ao tribunal. As provas podem ser de toda ordem. Algumas provas típicas que o perito pode encontrar no local do crime incluem:
- vestígios (resíduo de arma de fogo, resíduo de tinta, vidro quebrado, produtos químicos desconhecidos, drogas);
- impressões digitais, pegadas e marcas de ferramentas;
- fluidos corporais (sangue, esperma, saliva, vômito);
- cabelo e pêlos;
- armas ou evidências de seu uso (facas, revólveres, furos de bala, cartuchos);
- documentos examinados (diários, bilhetes de suicídio, agendas telefônicas; também inclui documentos eletrônicos tais como secretárias eletrônicas e identificadores de chamadas).
Examinando o corpo
O perito pode coletar evidências do corpo no local do crime ou aguardar até que o corpo chegue no necrotério. Em ambos os casos, o perito faz pelo menos um exame visual do corpo e da área próxima, tirando fotografias e detalhando as observações.
Antes de mover o corpo, o perito faz anotações de detalhes como:
- se há manchas ou marcas na roupa;
- se as roupas estão torcidas em uma determinada direção; em caso positivo, isto poderia indicar arrastamento;
- se há contusões, cortes ou marcas pelo corpo, feridas causadas ao se defender, ferimentos, consistentes ou não, indicando a causa preliminar da morte;
- se há alguma coisa faltando; se existe marca de sol onde deveria haver um relógio ou aliança;
- se o sangue está presente em grandes quantidades, se a direção do fluxo segue as leis da gravidade; em caso negativo, o corpo pode ter sido movido;
- se não há sangue na área em volta do corpo, isto condiz com a causa preliminar da morte? Em caso negativo, o corpo pode ter sido movido;
- se, além do sangue, há outros fluidos corporais presentes além do sangue;
- se há presença de insetos sobre o corpo; em caso positivo, o perito poderá chamar um entomologista forense a fim de descobrir há quanto tempo a pessoa morreu.
Uma vez que o perito documentou as condições do corpo e da área próxima, os técnicos embrulham-no em um pano branco, cobrem as mãos e os pés com sacos de papel e transportam-no ao necrotério para uma necrópsia. Estas precauções têm por objetivo a preservação de evidências na vítima. O perito geralmente participa da necrópsia, tirando fotografias adicionais ou gravando em vídeo e coletando outras evidências, especialmente amostras de tecido dos órgãos principais, para análise no laboratório criminal.
Examinando a cena
Há vários padrões de investigação disponíveis para assegurar a cobertura completa da cena e o uso eficiente dos recursos. Estes padrões podem incluir:
Enquanto está investigando a cena, o perito procura por detalhes como:
- se as portas e janelas estão travadas ou não; abertas ou fechadas; se há sinais de entrada forçada, tais como marcas de ferramentas ou travas quebradas;
- se a casa está arrumada; em caso negativo, tem-se a impressão de ter havido uma luta ou a vítima era desorganizada;
- se há correspondência em algum lugar e se foi aberta;
- se a cozinha está arrumada; se há alimentos parcialmente comidos; se a mesa está posta; em caso positivo, para quantas pessoas;
- se há sinais de que houve uma festa, tais como garrafas ou copos vazios ou cinzeiros cheios;
- se os cinzeiros estão cheios, que marcas de cigarros estão presentes e se há marcas de batom ou de dentes nas pontas de cigarros;
- se há alguma coisa que parece estar fora do lugar: um copo com marcas de batom no apartamento de um homem ou o assento do vaso sanitário está levantado no apartamento de uma mulher; se há um sofá bloqueando uma porta;
- se há lixo nas latas de lixo; se há alguma coisa anormal no meio do lixo; se o mersmo está na ordem cronológica correta em comparação às datas das correspondências e outros papéis; em caso negativo, alguém poderia estar procurando alguma coisa no lixo da vítima;
- se os relógios mostram a hora certa;
- se as toalhas do banheiro estão molhadas; se estão faltando; se há sinais de que alguma limpeza foi feita;
- se o crime foi cometido com arma de fogo, quantos tiros foram disparados? O perito irá tentar encontrar a arma, as balas, as cápsulas e os furos provocados pelas balas;
- se o crime foi uma facada, há alguma faca faltando na cozinha da vítima? Em caso positivo, o crime pode não ter sido premeditado;
- se há pegadas nas telhas, no chão de madeira ou de linóleo ou na área externa do prédio;
- se há marcas de pneu na entrada ou na área em volta do prédio;
- se há respingos de sangue no chão, nas paredes ou no teto.
Detalhes importantes
- As cenas do crime são tridimensionais. Os peritos devem se lembrar de olhar para cima.
- Se um perito acende uma lanterna sobre o solo em vários ângulos, mesmo quando há muita luz, ele irá criar novas sombras que podem revelar evidências.
- É fácil recuperar o DNA das pontas dos cigarros.
Veja também: Na cena do crime: documentação
Coleta de provas
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