02 março, 2014

Carnaval de São Paulo

O Carnaval de São Paulo é uma tradicional festa carnavalesca que ocorre todos os anos na cidade de São Paulo. O desfile das escolas de samba paulistas ocorre no Sambódromo do Anhembi, projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, que também projetou o Sambódromo da Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro. O desfile do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo acontece na sexta-feira e no sábado da semana do carnaval.

História 
Depois do desembarque do entrudo em terras brasileiras, a festa, que viria a se tornar o Carnaval, desenvolveu-se de forma diferente nos diversos lugares em que floresceu: na Bahia, de forma ligada aos fortes ritmos africanos; no Rio de Janeiro, já desde muito cedo organizado em sociedades, o embrião das futuras Escolas de Samba; em São Paulo, objeto do verbete, sob forte influência das populações que migravam do campo para a cidade, já no contexto da crise da economia cafeeira. Foi a população resultante do êxodo rural causado pela crise do café que desencadeou o início do Carnaval paulistano.

As comemorações carnavalescas e o próprio samba diferiam pouco do Rio de Janeiro para São Paulo, exceto por uma nítida diferença de andamento, ou seja, a grosso modo, de velocidade, de tempo da música. O sambista paulista, acostumado à árdua lida nas lavouras de café e migrando para a cidade para o trabalho operário, fazia o que Plínio Marcos denominou de “samba de trabalho, durão, puxado para o batuque”, contrastando com o lirismo e a cadência do samba carioca. Além disso, o samba paulistano era decisivamente influenciado por outros ritmos fortemente percussivos, como o jongo-macumba, também conhecido por caxambu. Data dessa época o início da relação entre o Carnaval e o direito: a repressão policial sofrida pelos sambistas, feita de forma dura e descriteriosa. Os sambistas, não só no Carnaval, mas durante todo o ano, eram vistos como vagabundos, marginais que eram duramente perseguidos pelas autoridades.


O surgimento do Carnaval paulistano ocorrido da forma descrita determina que a origem geográfica das manifestações de samba em São Paulo esteja ligada às zonas fabris, o que de certa forma explica que duas das mais tradicionais Escolas de Samba paulistanas da atualidade estejam localizadas em bairros de concentração operária: a Vai - Vai, na Bela Vista, e a Camisa Verde e Branco, na Barra Funda. A tradição carnavalesca paulistana, além do chamado “Carnaval de Rua”, consistente em bailes e brincadeiras populares pelas ruas da cidade, era centralizada na figura dos cordões, entre os quais destacavam-se justamente o Vai-Vai e o Camisa Verde e Branco. A festa nas ruas e os desfiles de cordões ocorriam paralelamente e em harmonia, compondo o quadro cultural paulistano. Data de 1934 a primeira intervenção da Prefeitura Municipal de São Paulo no Carnaval, promovendo o primeiro desfile carnavalesco dos cordões existentes à época. Os cordões por longo tempo definiram a musicalidade da população operária paulistana, e neles é que se desenvolvia o samba paulistano. Na década de 50, começaram a surgir as primeiras Escolas de Samba, claramente inspiradas nas sociedades de mesmo nome existentes do Rio de Janeiro. Os desfiles organizados entre tais entidades eram dominados pelas tradicionais Escolas de Samba Lavapés, Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde, as mais antigas Escolas de Samba paulistanas, sendo está última a mais antiga. O primeiro desfile realizou-se no Ibirapuera, em 1955. 
O marco definitivo das implicações jurídico-administrativas do Carnaval é a sanção, pelo Prefeito José Vicente Faria Lima (carioca, nascido em Vila Isabel e apreciador de samba), da Lei nº 7.100/67, destinada a regular a promoção do Carnaval pela Prefeitura Municipal de São Paulo, e regulamentada pelo Decreto nº 7.663/68. Essa lei, juntamente com a criação da Secretaria de Turismo e Fomento e as atividades por esta promovidas, encontrava-se num contexto de ampliação da atuação cultural da Municipalidade. Ainda como conseqüência desta política, foi idealizada no ano de 1968 e criada no ano de 1970 a Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo S/A, (hoje chamada de SPTuris) sociedade de economia mista de capital aberto, que atualmente tem 77% de suas ações em propriedade da Prefeitura Municipal de São Paulo. A Anhembi teria, no futuro, papel de destaque nas transformações pelas quais passou o carnaval paulistano. A edição da lei acima referida iniciou o fenômeno denominado “oficialização do Carnaval”. 
Embora aparentemente extremamente bem intencionada, a atuação da Prefeitura revelou-se desastrosa do ponto de vista cultural. Isso porque, embora o parágrafo único do artigo 1° da lei estipulasse vários investimentos públicos em infra-estrutura para acomodar festejos em vários pontos da cidade, além de instituir verbas e premiações, na prática os recursos foram destinados unicamente a organizar o desfile das Escolas de Samba, decretando, pela falta de incentivo e recursos, o fim dos cordões e da ligação do Carnaval paulistano com suas raízes culturais. 
Os cordões que sobreviveram tiveram de se submeter à lógica dominante a partir de então e se transformaram em Escolas de Samba (como os já citados Vai-Vai e Camisa Verde e Branco). 
Também fazia parte da “oficialização” a organização das Escolas de Samba em uma entidade representativa, a UESP – União das Escolas de Samba de São Paulo, que atualmente organiza as divisões inferiores dos desfiles carnavalescos. Em decorrência disso, em 1968, ocorreu o primeiro desfile oficial das Escolas de Samba, realizado na Avenida São João, tendo se sagrado campeã a Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, com o enredo “Vendaval Maravilhoso”, que falava sobre Castro Alves. 
A partir daí, e com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, que optou por dirigir sua atuação e captar capital privado por meio de sua entidade de administração indireta, a Anhembi S/A, o Carnaval não parou de crescer. Em 1977 o desfile foi transferido para a Avenida Tiradentes, onde eram construídas arquibancadas que comportavam (ainda que com pouca infra-estrutura) trinta mil pessoas.
Em 1986, a organização das Escolas de Samba passou a ser feita nos moldes atuais, com a fundação da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo – LigaSP. A LigaSP, de certa forma, substituiu a UESP, porém sem extingui-la, uma vez que a representação das agremiações tornou-se bipartite: as Escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso (respectivamente a primeira e a segunda divisão) eram representadas pela LigaSP acima aludida; as Escolas dos grupos inferiores, bem como os blocos, pela UESP, que deixou de representar todas as Escolas como fazia desde a sua fundação. 

Em 1990, a Prefeita Luiza Erundina de Souza sancionou a Lei nº 10.831, que, de acordo com sua emenda "oficializa o Carnaval da Cidade de São Paulo, revoga a Lei n° 7.100/67, e dá outras providências". Esta lei acomete à Prefeitura, por meio do artigo 3°C/c artigo 2°, II, a responsabilidade de organizar o Carnaval, por meio da Anhembi S/A. A lei também reconhece e institucionaliza a representação das Escolas de Samba por meio de entidades associativas, que, desde 1986, funcionava da maneira acima descrita.
A Lei n° 10.831/90 desencadeou a última mudança de endereço dos desfiles de Carnaval, que se deu em 1991, quando passaram a ser realizados no Pólo Cultural Grande Otelo, uma grande passarela de mais de quinhentos metros construída na Avenida Olavo Fontoura, e popularmente conhecido por Sambódromo do Anhembi. Este local, de propriedade da Anhembi S/A, sedia os desfiles desde então, e nele ainda são realizados diversos eventos das mais variadas naturezas.

Temos, dessa forma, que a atuação administrativa da Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio de leis e decretos, e de seu órgão de administração indireta, interagindo com fatores históricos, sociológicos e antropológicos, determinou a forma atual do Carnaval paulistano, inclusive determinando o abandono de suas raízes culturais e musicais.

A partir de 2006 passou a vigorar dois títulos no Carnaval paulistano. O primeiro e mais importante título é o do Grupo Especial das Escolas de Samba, o outro título, passou a ser disputado apenas pelas escolas ligadas a torcidas organizadas de clubes de futebol, casos da Mancha Verde (ligada ao Palmeiras) e Gaviões da Fiel (ligada ao Corinthians), nascia assim o Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas. A intenção em 2006 era realizar apenas esse Grupo de Escolas Desportivas quando houvessem 2 ou mais agremiações ligadas a clubes disputando o Grupo Especial do Carnaval, mas em 2007, mesmo com a presença apenas da Mancha Verde no Grupo Especial, o título foi mantido, dando o bi-campeonato a torcida do Palmeiras, que levara o primeiro título desse novo grupo em 2006.
Em 2008 o Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas deixa de existir, fazendo com que Gaviões da Fiel e Mancha Verde voltem a disputar com as outras escolas o título do Grupo Especial no carnaval 2008.

Carnaval de 1950 até hoje

No início da década de 50 o carnaval de São Paulo era pequeno, a escola que mais se destacava era a Lavapés que ganhou muitos títulos na época, mas essa invencibilidade de 4 anos foi quebrada no ano do IV Centenário de cidade, pela Escola de Samba Brasil de Santos (escola que disputou no começo o Carnaval de São Paulo e hoje disputa o carnaval de sua cidade, foi campeã de Santos em 2007). 
Em 55 e 56 a escola campeã foi a Garotos do Itaim, e nesse último ano dividiu o título com uma escola que acabava de surgir e viria a ser mais para frente a escola mais tradicional da cidade, a Nenê de Vila Matilde. 
Em 1957 a campeã foi uma escola que também faria história na terra da garoa, a Unidos do Peruche. 
Entre 1958 e 1970, a hegêmonia foi da Nenê, que conquistou 8 títulos em 12 anos, porém com espaço para mais títulos da Lavapés e até um tricampeonato da Peruche. 
Entre 1971 e 73 a campeã foi a Mocidade, que era uma novidade na cidade. 
Já no espaço de tempo entre 74 e 77 ocorreu a maior glória do Camisa até hoje, o tetracampeonato, e junto com o tetra veio uma das maiores obras-primas do carnaval, o samba enredo de 1977, "Nairanã, a alvorada dos pássaros". 
Em 1978 veio o primeiro título da Vai - Vai. Dando um pulo para 80, veio o quarto título da Mocidade, com um samba maravilhoso, "Embaixada do sonho e bamba". 
Em 81 e 82 deu Vai - Vai, com destaque para o samba de 82 "Orun Ayê, o eterno amanhecer". 
Em 1983 e 84, a Rosas ganhou seus primeiros títulos, destacando a conquista de 83, com o enredo "Nostalgia". 
Já em 85, com "O dia em que o Cacique rodou a baiana, ai ó!", a Nenê conquistou seu décimo título e assim, o convite para desfilar na Marquês de Sapucaí no desfile das camnpeãs daquele ano, ao lado de Mocidade Ind. de Padre Miguel e Beija-flor de Nilópolis, campeã e vice de 85, respectivamente. Entre 85 e 88, Vai - Vai campeã mais três vezes, com destaque para um samba enredo que não foi campeão mais marcou época na Carnaval de São Paulo, "O poeta falou , Zona Leste somos nós" , apresentado pela Nenê em 88, uma samba que até hoje é motivo de orgulho para os habitantes dessa região da cidade. 
Em 1989, Camisa campeão. O grande destaque do ano foi a Leandro de Itaquera, outra escola da Zona Leste, que em sua estréia no Grupo I (hoje Especial) chamou a atenção, com "Babalotim, a história dos afoxés". 
Camisa e Rosas dividiram os títulos de 1990 e 1991. 
Outro marco do Carnaval de São Paulo nascia em 1992 com o título da Rosas de Ouro , um samba que vive até hoje nos corações de todos os paulistanos, uma pérola do carnaval de São Paulo e do Brasil. "Non Dvcor Dvco, Qual é a minha cara?" fez história na cidade.
Em 1993 Camisa e Vai - Vai dividiram o título com "Talismã" e "Nem tudo que reluz é ouro", respectivamente. 
Em 1994, com outro espetáculo na passarela, a Rosas foi campeã pela sexta vez, com o enredo "Sapoti", em homenagem a Angela Maria. 
Em 1995, Gaviões da Fiel ganha seu primeiro título com um dos sambas enredo com reconhecimento "Coisa boa é pra sempre" que falava sobre a infância.
Em 1996, a Vai - Vai ganhava mais um título com "A rainha, a noite transforma",falando sobre a rainha da noite - Lilian Gonçalves 
Em 1997 foi uma novata,que chamou realmente a atenção, estando só desde 95 no Grupo Especial, X-9 Paulistana, com "Amazônia, a dama do universo" ganhou seu primeiro título. 
O carnaval de 98 teve como grande vencedora a Vai - Vai, com "Banzai Vai - Vai", relativo ao Japão. 
O carnaval de 99 foi o maior até então. Mas, no geral duas escolas se destacaram, Vai - Vai (a campeã), porém, uma surpresa, a Gaviôes da Fiel, que acabou dividindo o título com a Saracura e a Nene em (3o.). 
No Carnaval de 2000, numa proposta inovadora até então a história do Brasil foi dividida em 14 partes, e cada escola contaria uma parte. O Carnaval teve duas campeãs novamente: Vai - Vai (que ganhou o tri) e X-9 Paulistana. Vai - Vai com "Vai-Vai Brasil relativa ao período de 1985-2000" e X-9 com "Quem é você? Café", relativo ao período do ciclo do café. 
O Carnaval de 2001 foi até então o maior. Com duas campeãs, Vai - Vai (tetra) e Nenê, que quebrou um jejum de 15 anos. A saracura falou de luz, e a nenê cantou a participação do negro na história.

Escolas de samba

A cidade de São Paulo possui cerca de 200 Agremiações Carnavalescas entre Escolas de Samba e Blocos (atuantes e extintas). 
As mais tradicionais e mais vencedoras formam uma lista de 5 escolas: Nenê de Vila Matilde, Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Mocidade Alegre e Rosas de Ouro. 
Essas escolas têm histórias de fundação bem diferentes, o Camisa Verde e Branco foi cordão na década de 1930, e ressurgiu em 1953 com o nome de Cordão Carnavalesco Camisa Verde e Branco. 
O nome dessa escola tradicional do bairro da Barra Funda se originou das vestimentas dos componentes de cordão que sempre desfilavam de camisas brancas e calças verdes, o Camisa Verde ganhou 9 títulos do carnaval de São Paulo. 
O Vai-Vai também foi cordão. Fundada em 1930, atualmente é a Agremiação mais antiga da cidade, mas há controvérsias, existem pessoas que dizem que a escola do bairro da Bela Vista, mais conhecido como Bixiga, teve sua fundação um pouco mais tarde, já os componentes dizem que a escola é mesmo de 01 de Janeiro de 1930, essa escola venceu o carnaval em Sampa, com 13 vitórias. 
A Nenê de Vila Matilde já foi fundada como escola de samba, a segunda mais antiga da cidade, (depois da Lavapés, fundada em 1930), fundada em 01 de Janeiro de 1949 a segunda escola maior vencedora, com 11 títulos, é tradicionalmente defensora de sua região de origem, a Zona Leste. 
Mocidade Alegre e Rosas de Ouro, foram fundadas em 1967 e 1975 respectivamente, são duas grandes escolas da Zona Norte da cidade, a primeira do Bairro do Limão e a segunda nasceu na Vila Brasilândia, mas hoje fica no bairro ao lado, a Freguesia do Ó, cada uma ganhou 6 títulos.

Escolas de samba desportivas

Foi um fenômeno que surgiu quando Gaviões da Fiel e a Torcida Jovem do Santos entraram para o desfile oficial de blocos carnavalescos.
No entanto, o fenômeno cresceu com a transformação da Gaviões, de bloco, em escola de samba, caminho que foi seguido mais tarde por outras torcidas, inclusive a própria Jovem-Santos, que tornou-se escola de samba em 2003. Em 1995 a torcida do Palmeiras, Mancha Verde, após ser judicialmente extinta, transformou-se em escola de samba para continuar a existir legalmente. 
Anos depois, a Torcida Independente foi banida do Carnaval pela UESP após uma briga onde foram mortos integrantes de torcidas rivais.
Em 2004, a Mancha Verde sagrou-se campeã do grupo de acesso paulistano, ascendendo para a divisão de elite do Carnaval, mas naquele ano, surpreendentemente, a atual campeã Gaviões da Fiel acabou rebaixada. 
O termo "escola de samba desportiva" surgiria definitivamente em 2006, quando, com o retorno da Gaviões ao grupo principal, o regulamento previamente aprovado previa a criação do Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas, que abrigaria todas as escolas desportivas que chegassem ao Grupo Especial. Elas então deveriam disputar uma competição em separado, num desfile à parte. 
Através de acordos e decisões judiciais, ambas as escolas participaram da competição principal em 2006 e 2007 (nesse último ano apenas a Mancha desfilou entre as grandes pois a Gaviões novamente havia sido rebaixada). Ainda assim, a LigaSP não reconhece as colocações da Mancha entre as outras 14 escolas que participaram do desfile principal, colocando-a numa categoria à parte, onde competiu sozinha e foi declarada bi-campeã. Para 2008, o Grupo das Esportivas foi oficialmente extinto.
Esses acontecimentos foram uma tentativa da LigaSP de excluir da competição as duas escolas ligadas a torcidas, por medo de que as brigas entre torcidas organizadas, muito comuns nos estádios de futebol, pudessem se espalhar pelo sambódromo e prejudicar o evento. Até hoje, no entanto, não se tem notícias de incidentes graves e as diretorias de Mancha e Gaviões mantém um bom relacionamento.
Outras escolas ligadas a torcidas de clubes de futebol são Dragões da Real, Camisa 12, Sangue Jovem, TUP e Estopim da Fiel.

Fonte: Wikipedia

Veja também:
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Limão de Cheiro
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Carnaval do Brasil
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Carnaval de Torres Vedras - Portugal
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