24 março, 2016

Quiling ou Filigrana - criatividade reacendendo antiga técnica




O quilling (nome em ingles) ou filigrana (nome em espanhol) é uma arte que como muitas outras, teve seus momentos de altos e baixos.

O papel utilizado nos trabalhos em quilling pode ser de várias gramaturas, cores e formatos. É um trabalho minucioso, que exige tempo e paciência, mas resulta grande estilo e charme. Apesar de pouco conhecido no Brasil, é um trabalho com artistas mundialmente conhecidos.  Artistas da filigrana em papel expõem e tem seus trabalhos em galerias de arte nos Estados Unidos, Inglaterra, Coreia e Russia.




O papel normalmente utilizado é o color set e/ou color set plus.

Diferenças

Color Set - Normalmente quando se corta as tirinhas dá pra ver que o miolo do papel é branco.
Em cores claras este processo não interfere muito no resultado final, mas nas cores escuras dá pra se notar que fica com partes tingidas e partes esbranquiçadas.

Color Set Plus - papéis color plus são tingidos direto na massa do papel, deixando o papel com cores mais vivas e uniformes.

Quando se corta as tirinhas, o miolo do papel é totalmente colorido.

O material utilizado é encontrado em lojas de artesanato e grandes lojas de departamentos. Sendo, também, facilmente encontrado na internet.

História A origem da palavra Quilling vem de Quill - Pena usada na antiguidade.
As provas mais concretas da sua origem são trabalhos de excelente qualidade que foram executados por religiosas francesas e italianas nos séculos 16 e 17. As religiosas decoravam relicários e gravuras sagradas, acrescentando toques dourados e muita ornamentação.
A Associação francesa Trésors de Ferveur preserva relicários feitos nos séculos 17 e 18 e fazem parte da coleção de "Objetos de Fé". Essa associação mantém uma exposição itinerante de algumas dessas obras. Os trabalhos com as tirinhas de papel parecem realmente ouro e prata.

A ligação religiosa com o quilling foi mantida quando a arte foi difundida na Inglaterra com o desenvolvimento do papel. As Igrejas mais pobres produziam relicários, aos quais eram acrescentados gravuras dos santos referentes à relíquia na obra, totalmente enfeitados com quilling.

No passado esse trabalho era feito como lazer com a intenção de fazer objetos decorativos tais como: páinéis e brasões. Mais tarde o trabalho era feito em latas de chá, caixas de madeira, biombos, armários, molduras, etc. Belíssimas caixas foram feitas nessa época apenas para receber os trabalhos em quilling. O quilling era divulgado e era um quesito a mais para internatos femininos que anunciavam:
" .... ele proporciona uma agradável diversão estimulando a criatividade da mente feminina e, ao mesmo tempo, proporciona o lazer de uma hora em inocente recreação ... " (The New Lady's Magazine - 1786)


Em 1875 foi feita uma tentativa de revitalizar o quilling por Wm. Bemrose. Um kit chamado 'Mosaicon' foi produzido, juntamente com um manual. Outra referência foi descoberta em um livro intitulado "Floral Mosaicon". No artigo são mencionadas peças de quilling adquiridas pelas Rainhas Mary e Alexandra..

Muitos museus na Inglaterra e Estados Unidos mantêm expostos trabalhos de quilling feitos nos séculos passados.

Uma das mais recentes observações por uma quiller, quando visitando a Capela Sistina, no Vaticano, são sobre alguns painéis da Capela totalmente feitos com quilling. Indagando o responsável, foi informada que eram realmente trabalhos em quilling e que normalmente as pessoas passavam por ali e não observavam a sua beleza.





Fonte: wikipédia

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