Estudos na área de assassinatos em série resultaram em duas formas de classificar os serial killers: uma baseada no motivo, e outra baseada nos padrões organizacionais e sociais. O método do motivo é chamado de tipologia de Holmes, por causa de Ronald M. e Stephen T. Holmes, autores de vários livros sobre assassinatos em série e crimes violentos. Nem todos os serial killers são de um tipo só, e muitos apresentam características de mais de um tipo. Nenhuma destas classificações explica o que na realidade pode levar uma pessoa a se tornar um serial killer (falaremos mais sobre isso adiante). Também não há dados científicos suficientes sobre os quais basear estas classificações - são baseadas em dados de observação casual ou em entrevistas. Os críticos da tipologia de Holmes apontam esta como uma falha, mas muitos investigadores ainda acham este método útil ao estudar assassinatos em série.
Segundo a tipologia de Holmes, os serial killers podem se concentrar no ato (aqueles que matam rápido), ou no processo (aqueles que matam vagarosamente). Para os assassinos que se concentram no ato, matar nada mais é do que o ato em si. Neste grupo há dois tipos diferentes: os visionários e os missionários. O visionário mata porque escuta vozes ou tem visões que o levam a fazer isso. O missionário mata porque acredita que deve acabar com um determinado grupo de pessoas.
Os assassinos seriais que se concentram no processo sentem prazer na tortura e morte lenta de suas vítimas. Neste grupo há três tipos diferentes de hedonistas - sexuais, que buscam emoção, e os que tiram proveito - e assassinos em busca de poder. Assassinos sexuais obtêm prazer sexual ao matar. Assassinos que buscam emoção se excitam com isso. Assassinos que tiram proveito matam porque acreditam que vão lucrar de alguma maneira. Assassinos que buscam o poder querem "brincar de Deus" ou ter controle da vida e da morte.
Serial Killers na cultura pop
Um dos primeiros filmes a retratar um serial killer foi o suspense de Hitchcock "Psicose" (1960), baseado no livro homônimo de Robert Bloch e inspirado no assassino de verdade Ed Gein. Gein também inspirou o "Massacre da Serra Elétrica" e a personagem Buffalo Bill em "O Silêncio dos Inocentes". O último filme também mostrou ao público como o FBI traça perfis e o sistema ViCAP. Há vários livros, romances, filmes e programas de TV sobre crimes de verdade que se dedicam ao fenômeno. Mas por que eles são tão populares? Talvez as pessoas fiquem fascinadas porque o que os serial killers fazem é extremamente horripilante. Elas gostam de sentir medo com filmes e livros sobre serial killers.
Algumas pessoas levam esse fascínio além. Até pouco tempo atrás, uma busca no eBay por "lembranças de serial killers" trazia resultados de itens pessoais de serial killers condenados, incluindo roupas, pinturas e cartas. O eBay baniu a venda destas e outras "lembranças de assassinatos" depois de protestos de grupos de defesa dos direitos das vítimas. Um website vende bonecos, calendários e cartões colecionáveis de serial killers.
O primeiro serial killer dos Estados Unidos
H.H. Holmes, condenado por nove assassinatos, é geralmente considerado o primeiro serial killer dos Estados Unidos. Holmes confessou 27 assassinatos, e alguns investigadores acreditavam que ele poderia ter matado centenas de pessoas, na verdade. Ele começou matando convidados no hotel "castelo" que ele abriu para receber visitantes da World's Fair, em 1893, em Chicago. Os crimes de Holmes foram descobertos em uma inspeção após um zelador dizer à polícia que ele não tinha autorização para limpar certos andares do hotel. Ele foi condenado e enforcado em 1896. O interesse pelo caso Holmes foi reavivado em 2003 com a publicação de "O Demônio na Cidade Branca", livro que justapõe os assassinatos com a construção da World's Fair.
Fonte: HSW
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