14 maio, 2015

PRIMEIROS SOCORROS - APRENDA A CONTORNAR OS ACIDENTES DOMÉSTICOS

Uma panela quente mal apoiada, o par de patins fora do lugar, uma caixa de costuras perto das crianças.
Esses descuidos podem provocar sérios acidentes em casa e precisam ser evitados. 
Mas não custa preparar-se para uma possível emergência. 
Veja o que fazer nes­sas horas, muitas vezes antecedendo a chegada do socorro especializado.

Queimadura com fogo
Tome cuidado para não puxar peças de roupas que este­jam coladas à pele. A primeira providência é resfriar cada área atingida, usando compressa bem grossa, embebida em bastante água fria e trocada à medida que for esquen­tando. Não abafe a queimadura com panos ou cremes e nunca rompa as bolhas que se formarem! E aten­ção: o queimado não deve ser colocado no chuveiro.

Queimadura química
Qualquer material cáustico deve ser ime­diatamente removido da pele. Para isso, deixe correr bastante água sobre a região atingida e nunca a esfregue. A mesma provi­dência vale quando o produto atinge os olhos. Abra-os bem, afastando cui­dadosamente as pálpebras, e dei­xe  correr  água  limpa  por,  no mínimo, 20 minutos sobre toda a região ocular

Hemorragia
Deite o acidentado e procure   localizar   o ponto da hemorragia. Improvise uma compressa e, com pressão suficiente para estancar o sangue, aplique-a diretamente sobre o local do sangramen-to. Nunca tente fazer torniquetes. Em caso de fratura, faça a compressa sem movimentar a região atingida.

Fratura
Em caso (ou apenas suspeita) de fratu­ra, evite movimentar a área afe-tada,   mesmo   buscando   uma posição confortável para a víti- ma. Se não for habilitado, evite corrigir a posição do mem­bro fraturado. Se há suspeita de fratura de coluna, mante­nha o paciente com a cabeça reta em relação ao corpo, usan­do uma toalha enrolada de cada lado do pescoço. Haven­do hemorragia, siga o procedimento acima indicado.

Entorse e luxação
Aplique saco de gelo, que reduz tanto a sensibilidade à dor quanto a inchação. Depois disso, faça a imobilização com bandagem firme, mas não aperte muito, para não prejudi­car a circulação local. Como nos casos de fratura, só quem está habilitado pode corrigir a posição do paciente.

Choque traumático
Quase sempre consequência de hemorragias, geralmente deixa o paciente pálido, frio e suando muito, com pulsa­ção e respiração rápidas e fracas, náuseas, sede, inquie­tação e desmaios. O socorro especializado é fundamental, mas, até que ele chegue, procure localizar o ponto e estan­car o sangramento. Ponha o acidentado em posição segu­ra e confortável, afrouxe suas roupas e mantenha livres suas vias respiratórias. Para acalmá-lo, converse o tempo todo com ele. Não lhe dê líquidos mas, em caso de mui­ta sede, ponha um pano úmido em seus lábios.

Inconsciência
O grande risco, nessa situação, é o sufocamento. geralmente causado pela língua, que, perdendo o tônus muscular, bloqueia a entrada de ar para a traquéia. Abra, com cuidado, a boca da vítima, puxando sua mandíbula, para afastar a língua do fundo da garganta. Mantendo dois dedos separando os maxilares, investigue, com o dedo mínimo, toda a boca do paciente, procu­rando algum corpo estranho que lhe esteja obs­truindo a respiração. Depois, deite-o do lado esquerdo, mantendo, com uma almofada, sua cabeça alinhada ao corpo. Dessa maneira, qualquer líquido que esteja em sua boca poderá escorrer para fora.

Ataque epilético
Na imensa maioria dos casos, a crise convulsi­va cessa sozinha e é impossível evitá-la. Este­ja onde estiver o paciente, deite-o imediata­mente e proteja-o, para que não se machuque, 'rouxe suas roupas e incline, suavemente, sua cabeça para trás ou para o lado. Com cuidado, introduza em sua boca um lenço enrolado em forma de charuto, para evitar que ele morda a própria língua.
Consultor: Dr Roberto  Vincent,  do Grupo de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, RJ

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